segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Domingo

Por que diabos as madrugadas frias de domingo para segunda me deixam melancólico e saudosista, escrevendo besteiras a mil. São textos com um quê de tristeza, cartas apaixonadas, despedidas, não há um que seja diferente dos tipos anteriores. Olho as fotos da velha juventude. O tocador de música ainda ajuda, só coloca as canções de chorar. Quando não é ele, sou eu que escolho as que se encaixam na descrição. É um tal de colocar blueses sobre o sofrimento humano, baladas com meio coração rasgado como inspiração e crooners cantando com sua voz grave sobre como ela o deixou. Então me perguntas: “por que cazzo você não foi dormir depois da vinhetinha do Fantástico? És insone? Porra, é domingo! Amanhã é segundona, meu!” Dou um sorriso amarelo e digo: “a melancolia que me deixa desse modo, também me atrai profundamente... ela é como uma luz brilhante num túnel escuro, uma corda comprida para um suicida, um pão fresco para um faminto. E não, não sou insone, durmo muito bem obrigado.” E esse é apenas mais um de sei lá quantos que ainda viverei. Triste, não?