desço a rua dos prazeres, a cada esquina encontro um buteco, uma boca ou um puteiro. ando adentrando em cada um deles. me afogo na cachaça translúcida como as mentiras contadas, me jogo nas montanhas brancas anestesiantes para correr e me delicio com um par de coxas qualquer de uma mina que não é tu. e cada vez que você tropeça, eu morro uma vez. me afundo mais e mais no submundo. lugar negro, diferente dos copos de arak que roubei do árabe. diferente dos pós que consegui com o colombiano. diferente dos peitos alvos e rosados da européia loura. cada lugar que passo, vejo uma doença me invadindo. já vi a aids ao meu lado, já vi o câncer nos meus pulmões negros, já vi a cirrose destruindo meu fígado, já vi as artérias e veias explodindo por excessos. não tenho medo de nenhuma dessas. essas me matam, me levam a sete palmos abaixo de onde estás. fico longe de ti. a doença que tenho mais medo... é a tua doença. a tua presença. a minha fraqueza ante seus morenos cabelos. meu maior medo é a doença do amor.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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7 comentários:
páre de comentar bêbado no meu blog, e não páre de me ligar bêbado em casa.
Assinado,
Aline.
que pedante, vc bêbado!
Eu gosto da palavra "loura".
(:
que romântico-beatnik você, go.
cerveja, é. cerveja.
'é a tua doença. a tua presença. a minha fraqueza ante seus morenos cabelos.'
Belo, belo...
Bonito esse final!
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