domingo, 30 de setembro de 2007

Educação Sentimental do Vampiro

Numa noite fria de sábado, em um começo de primavera, mais especificamente no dia 29 de setembro fui ver a peça que dá nome ao post, baseada no livro de contos Um vampiro em Curitiba de Dalton Trevisan adaptada pelo grupo Sutil Companhia de Teatro.
A peça é dividida em várias pequenas partes, óbvio são contos, que por vezes faz nos parecer que tem ligações diretas uma com a outra, não sei se realmente têm, mas é o que faz parecer, talvez pela repetição de nomes que o autor utiliza, por exemplo, Nelsinho é um nome que aparece em dois contos, em um deles é mais velho, em outro um adolescente de 13 anos. Na parte da peça em é mais velho tem traumas sexuais (como a grande maioria das personagens), por outro lado, quando a personagem tem 13 anos aparece estuprando uma moçoila, ou seja, na minha mente doentia pode haver uma ligação entre o trauma e o estupro cometido quando jovem, mas isso é só uma suposição, sem nenhuma base a não ser a minha observação zureta.
Como disse, as personagens tem diversos problemas afetivo-sexuais, o que faz a peça ter diversas cenas violentas e de sexo, crítica a sociedade contemporânea (algo pra deixar o post bonito), a igreja, a família, entre outros.
A peça têm: maridos que espancam mulheres e essas parecem gostar disso, o drama (trauma?) da primeira vez, o homem que busca prostitutas e as acha na igreja, a fuga da família (no caso, o natal), entre diversos outros.
Lendo isso, provavelmente, achará que é uma peça pesada e com um clima down, pois não é isso que acontece, algumas situações são dignas de comédia, claro que isso não tira o peso dos temas, mas em alguns momentos a platéia ri por minutos seguidos, isso faz a peça se tornar mais leve.

Altamente recomendável, talvez, não para os que se impressionam fácil e/ou sintam-se mal ao falar de sexo.

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