terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Desculpas, meu amor.

Te amo, minha querida! Desculpe pelo atraso nas congratulações, estava longe de ti no dia do seu aniversário. Erro imperdoável, onde já se viu passar um dia tão importante sem te ver? Como pude? Sou um filho da puta. Um completo filho da puta. E, não mereço todo seu amor, sorte a minha que é compreensiva, acolhedora, sempre de braços abertos a todos. É, eu sei que você tem vários, mas não tenho ciúmes, relaxa. Sou desapegado, não me importa quantos sejam. O que importa é a minha fidelidade por ti, amor.

Sei que é um pouco problemática:
-é caótica, mas que graça tem a paz e a serenidade completa?;
-é misteriosa, mas como poderia viver sem descobrir algo novo de ti todo dia?;
-é barulhenta, mas o silêncio total também é perturbador;
-é sujinha, ta... isso não é bom, mas eu aceito, cego de amor, né...

Mas olha só, quantas qualidades você tem:
-é culta, e como... não conheço nenhuma outra como você;
-é intensa, sempre tem energia não importa a hora;
-é grandiosa, muito grandiosa;
-é acolhedora;
-é plural, mistura de todas as raças do mundo, bendito sejam seus parentes.

Te amo, meu amor, te amo!

Viva São Paulo e seus 454 anos, amor eterno e que o eterno nunca acabe. Que viva mais 454 e continue toda problemática, toda grande, toda acolhedora, toda São Paulo. Cidade de todos, que aceita japoneses, negros, índios, portugueses, nigerianos, ...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Vanguart no CCSP

Sábado, dia 19 de janeiro, teve show do Vanguart no CCSP (Centro Cultural São Paulo), na região central de São Paulo. A banda é uma das mais aclamadas entre os indies, com seu Folk-Rock, letras boas em inglês, português e até espanhol. Além de tudo isso ainda tem o exotismo de ser de Cuiabá e recém-mudada para a metrópole paulista. Anda tão em alta que chegou a ser comparada por alguns com à Legião Urbana. Formada por Helio Flanders (voz e violão), David Dafre (guitarra e voz), Reginaldo Lincoln (baixo e voz), Luiz Lazarotto (teclados) e Douglas Godoy (bateria).

A platéia no CCSP estava relativamente vazia, talvez pelo horário, cedo para os padrões de show, às 19 horas e 30, sendo que tinham desde indies-com-adidas-e-all-stars a crianças de colo com camisetas do Godfather. Tocaram a maior parte do repertório do cd novo, lançado pela Revista Outracoisa.

Com guitarras bem tocadas, uma cozinha sincronizada, um teclado que vai de climas quase dançantes a melancólicos e o cantor-compositor-guitarrista-gaitista Hélio Flanders passando desde o quase-punk do cover de Dylan, em "Outlaw Blues" a baladas como “Enquanto isso na lanchonete”. Além de Dylan, também tocaram “Femme Fatale” do Velvet Underground.

Além das influências anteriores percebe-se claramente a influência de bandas como Beach Boys, principalmente, pelas harmonias vocais. O uso do slide guitar é constante, sendo utilizada em pelo menos 6 músicas, de forma muito bem colocada por Dafre, lembrando por vezes, velhas frases de blues. Diversas vezes, usam a dobra da melodia entre guitarra ou piano e a voz de Flanders. Há momentos em que a banda levantou a platéia em músicas como Cachaça, Semáforo e Hey Yo Silver, apesar de suas músicas em inglês não serem muito conhecidas pelo público, tendo inclusive uma (The Last Time I Saw You) sendo tocada apenas pelo vocalista com um violão e uma gaita, no momento Dylan da noite. Tocam, também, um b-side do single de Hey Yo Silver, a delicada The Cowboy Has The Money. O show ocorreu quase sem problemas, a não ser quando o som da bateria estava alto demais, cobrindo os outros instrumentos, porém esse problema se deve a acústica do local. Pode-se dizer que a banda é competente e seu vocalista é carismático e engraçado, chegando a fazer piadas e comentários que levaram a platéia a risadas simpáticas.

O alcance pop da banda é grande, suas letras com refrões e suas baladas, apesar de não terem mensagens tão fáceis de se captar, pelas composições de Hélio. Entretanto o Vanguart poderia tocar pelas novelas, rádios e não se olharia torto para eles, a maioria das músicas é acessível. Apesar das mudanças constantes de climas entre as partes das canções. Ouça a banda aqui ou aqui.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BBB

Sou desses que não acompanha o tal do Big Brother Brasil e quando chega o período dessa merda, é foda! Todo mundo fala sobre o assunto e você lá, boiando não sabe quem é a tal da fulana que é falsa, nem o ciclano que declarou ser gay e muito menos quem ta no paredão. Geralmente, quem não acompanha, bóia, não importa o local que seja, sempre terá alguém falando, observação SEMPRE!
Juro que não entendo tal fascinação, oras, tem gente que diz:
-que assiste pelo simples prazer de ser voyeur (para quem não sabe, quem gosta de olhar ou algo próximo disso). Se for pra ser Voyeur, prefiro ver o vizinho ali do prédio.
-que assiste pelas gostosas. Se for pra ver gostosa, abro o Dedada Digital, o Red Tube ou qualquer um desses genéricos, vejo mulher muito melhor, fazendo coisas muito mais obscenas.
-que assiste pela teatralidade. Se for pra ver teatro, vou ver uma peça, porra! Tem atores melhores, enredo melhor e o texto é mais bem escrito.
-que assiste pelo comportamento psicológico do ser humano. Se for para ver o comportamento psicológico e social prefiro me ver no espelho, já é o suficiente.
Agora não me venha dizer que assiste porque aquilo é real, porque isso não é mesmo! Se for pra ver a Globo manipulando, prefiro não ver! Ficar por fora das conversas, um completo Etê com meus próprios amigos, sentados no bar mais próximo. E não me venha falar que sou Anti-Globo, que isso não sou mesmo. Apenas acho que ela contribui para uns desfavores ao Brasil.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Esporte, superação, ...

Eu tinha outros planos para esse post, mas... não posso deixar de mostrar isso, mesmo que eu não tenha leitores, quero ter a certeza que pelo menos eu terei esse texto guardado, retirado do Rebote, mais especificamente desse texto aqui, é emocionante pra caralho, vou deixar a tradução na íntegra e o vídeo do discurso, porque se tem uma coisa que me emociona é o esporte e o que ele traz pros homens e a superação, esse homem junta tudo isso.


Tradução: Gustavo de Oliveira

Muito obrigado. Obrigado.

Essa foi a visão mais baixa que já tive de Dick Vitale desde que o dono do Detroit Pistons me ligou e pediu para ele se tornar comentarista.

Obrigado.

Eu não posso expressar a honra que eu sinto por ter recebido o prêmio Arthur Ashe.

Esse com certeza será um tesouro que vou guardar para sempre.

Mas como eu dizia no tape... e olha não tenho um desses teleprompters, então eu vou falar por mais tempo do que todos os outros falaram hoje a noite. É isso ai.

O tempo é uma coisa muito preciosa pra mim, eu não sei quanto tempo ainda me resta,
Mas eu tenho várias coisas pra dizer e espero que, no fim, eu tenha alguma coisa que vai ser importante pra muita gente também.

Mas não tenho o que fazer, hoje eu luto contra o câncer. Todo mundo sabe disso.

As pessoas me perguntam o tempo todo como eu lido com a minha vida, como eu vivo meu dia-a-dia, e nada mudou pra mim.

Como o Dick falou, eu sou um cara muito emotivo, muito entusiasmado e não tenho o que fazer porque assim é o filho de Rocco e Angelina Valvano.

A gente se abraça, se beija, se ama.

E as pessoas me perguntam como eu vivo cada dia. Pra mim existem três coisas que a gente deve fazer todos os dias. Se a gente fizesse isso todos os dias das nossas vidas, que bom seria.

Em primeiro lugar: rir. Você deve rir todos os dias. Número dois é pensar. Você deve pensar todos os dias. E número três é deixar suas emoções se converterem em lágrimas seja de tristeza ou felicidade.

Pense nisso: se você rir, pensar e chorar, será um dia completo. Um dia maravilhoso. Se você fizer isso sete dias por semana, você vai viver algo especial.

Eu desenvolvi um plano junto com o meu amigo Mike Krzyzewski, aqui presente, meu grande amigo e técnico maravilhoso. As pessoas não sabem que ele é uma pessoa dez vezes melhor do que técnico e todo mundo sabe que ele é um grande técnico, ele significou muito pra mim nesses últimos cinco, seis meses.

Mas quando eu olho para o Mike, lembro que a gente competiu um contra o outro, como jogadores, e eu fui técnico contra ele por 15 anos.

O que eu acho importante pra mim é saber onde você começa, onde você está e onde estará. Essas são as três coisas que eu tento fazer todos os dias.

E toda vez que eu vou fazer um discurso eu não deixo de recordar o primeiro discurso que eu dei. Eu era técnico dos calouros da Universidade de Rutgers, era meu primeiro emprego.

Maravilha. Eu estava tão entusiasmado no meu primeiro emprego que vocês devem saber como é seu primeiro emprego como técnico, você quer estar lá no vestiário pra fazer o discurso da preleção.

O vestiário é um lugar especial para um técnico fazer um discurso. Então, meu ídolo como técnico era Vince Lombardi e eu li o livro dele “Comprometimento com a excelência”.

No livro, Lombardi fala sobre o primeiro discurso que ele teve que fazer frente ao Green Bay Packers, e eu li, e o Lombardi pensava “Será que eu falo muito? Será que eu falo pouco? Mas vou ter que mexer com eles, vou ser curto”.

Aí ele fez assim: geralmente ele chegava ao vestiário 25, 30 minutos antes dos jogadores, não sei ao certo, antes de entrar em campo pra fazer aquele discurso que todos nós fazemos.

Discurso #84, você fala e todo mundo se sente preparado. Seria o primeiro discurso da minha vida, e eu li o que o Lombardi fez.

Lombardi não entrou no vestiário, ele esperou. O time se perguntando “Cadê o cara? Onde é que está esse grande técnico?” Ele esperou. Dez minutos antes do jogo, ele ainda não está lá...

Três minutos antes do jogo, Lombardi vai lá abre a porta com brutalidade, e eu imagino que vocês se lembrem da grande presença que ele tinha.

Ele entrou e começou a andar assim, pra um lado e pro outro, olhando os jogadores.

Ele disse “Todos olhando para mim”, e eu estava lendo isso no livro e ao mesmo tempo imaginando essa grande cena.

Ele disse “Cavalheiros, nós seremos um sucesso este ano. Vocês vão focar em três coisas e três coisas apenas: sua família, sua religião e o GREEN BAY PACKERS!”

E aí foi aquela agitação, os jogadores batendo nas paredes, e o resto é história. Eu pensei comigo: “Isso é lindo, sua família, sua religião e o basquete de Rutgers... é isso, já tenho o discurso”

Vejam só: eu tinha 21 anos, as crianças das quais eu era técnico tinham 19, ok? E eu vou ser o maior técnico do mundo, o próximo Lombardi...

Pessoal me falando, você tem que entrar, e eu “ainda não”, e eu praticava fora do vestiário: “família, religião, basquetebol de Rutgers... todos olhando para mim... ok ok vai dar certo”.

Aí me deram o toque de três minutos, isso aconteceu mesmo, eu vou arrebentar a porta... BOOM! Ai, que dor. Eu quase quebrei meu braço porque não abriu. E os jogadores estão me olhando “alguém ajuda o professor”.

Aí eu fiz igual o Lombardi, eu andei pros lados, e eu andava assim por causa do braço, até que eu falei “Cavalheiros, todos olhando para mim”. Eles loucos pra jogar, porque só tinham 19! Vamos nessa!

Eu disse “Cavalheiros, nós seremos um sucesso esse ano se vocês puderem focar em três coisas e três coisas apenas: sua família! Sua religião! E O GREEN BAY PACKERS!” eu falei... eu fiz isso, eu lembro...

Eu me lembro de tudo, é muito importante lembrar onde você está e pensar onde você quer chegar.

Eu penso que você tem que ter um entusiasmo pela vida, você tem que ter um sonho, um objetivo, alguma coisa que você se empenhe.

Eu falo da minha família, porque pra mim a família é muito importante. Eu encontro coragem na minha esposa Pam, minhas três filhas, Nicole, Jamie e Lee, na minha mãe que está aqui também.

E aquela telinha ali está piscando a cada três segundos agora e está me deixando preocupado. Eu tenho tumores por todo o meu corpo e eu estou preocupado com um cara piscando ali pra mim que eu só tenho 30 segundos.

Eu só tenho mais uma coisa que eu desejo a todos vocês, todos vocês: aproveitem suas vidas, seus momentos, passem os dias com risadas, pensamentos, deixem as emoções fluir.

Tenham entusiasmo todos os dias porque sem entusiasmo você não consegue nada, mantenha seus sonhos vivos, apesar de seus problemas, quaisquer sejam. Você vai ter que dar duro para que seus sonhos se realizem.

Eu me vejo agora e eu sei o que eu quero fazer. O que eu quero é aproveitar o tempo que me resta e dar um pouco mais de esperança para os outros.

Fundações são coisas maravilhosas. Eu sei que pra Aids, existem fundações por aí, pode não ser suficiente, mas significa muito. Mas e se eu disser que eles têm 10 vezes mais dinheiro do que o destinado para a pesquisa do câncer, e que pelo menos 500 mil pessoas vão morrer de câncer esse ano, e de cada quatro pessoas uma terá essa doença.

Por alguma razão a questão foi colocada um pouco de lado, mas eu quero trazer de volta à pauta. Nós precisamos de sua ajuda, eu preciso de sua ajuda, nós precisamos de dinheiro para a pesquisa.

Isso não vai salvar a minha vida, mas pode ser que salve a vida das minhas filhas, pode ser que salve a vida de alguém que você ame e isso é muito importante.

A ESPN foi muito gentil de me dar apoio no meu empenho e me permitiu que eu anunciasse esta noite o apoio deles, o dinheiro, os dólares deles que serão usados pra criar a Fundação Jimmy V de pesquisa do câncer.

Ainda não terminei. Nunca desistam, nunca desistam mesmo. É isso que eu vou fazer em cada minuto que me resta, eu vou agradecer a Deus pelo meu dia, pelos momentos que eu tive, e se você me vir, sorria, quem sabe você me abrace porque isso é importante pra mim também.

Mas se você puder, tente dar apoio a fundações de Aids ou câncer para, quem sabe, alguém sobreviver, prosperar e quem sabe se curar dessas terríveis doenças.

Eu não poderia agradecer à ESPN o suficiente para que isso tudo acontecesse, eu vou trabalhar o máximo que eu puder pela pesquisa do câncer para, quem sabe, um dia surgir essa cura.

Eu vou lutar contra o meu cérebro para que eu possa estar aqui ano que vem, porque eu pretendo entregar o prêmio Arthur Ashe ano que vem.

Eu sei que eu tenho que ir, mas eu tenho uma coisa pra dizer que eu já disse antes, mas eu quero dizer de novo.

O câncer pode tirar de mim todas as minhas habilidades físicas. Mas ele não pode tocar o meu coração, a minha mente e a minha alma. Essas três coisas eu vou carregar para sempre.

Eu agradeço a presença de vocês. Deus os abençoe.

= = =

Jimmy Valvano morreu um mês depois deste discurso.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Super Trunfo de Blogs

Teve uma polêmica ai na internet rolando o site Treta criou um Super Trunfo, jogo velho dos anos 80 apesar de ainda existir. É o paraíso! A seleção de 100 blogs brasileiros eleitos pela equipe do site e os que eu já li ou acompanho são realmente ótimos. Fica ai Super Trunfo Blogs, a sugestão de acesso.

Além duma outra campanha-manifesto contra a Usura de Links.

Feito o post.


Fim da Fudest!