segunda-feira, 28 de abril de 2008

Virada Cultural!

Calma, eu sei que meu timing ta atrasado, já falaram de tudo sobre a Virada, já saiu em todos os blogs, jornais e tudo mais, mas... vou falar mesmo assim!

E São Paulo saiu de casa! Segundo estatísticas oficiais, 4 milhões de pessoas passaram pela Virada Cultural para assistir as mais de 800 atrações que se apresentaram esse ano. E quase não teve problemas, segundo a polícia, os únicos casos foram de bebedeira, mas não houve uma treta sequer! E não estava só uma “tribo” – como odeio essa expressão – tinha de tudo por lá, desde punks, indies, emos, metaleiros, góticos, rappers, velha guarda, famílias inteiras, e muito mais! E nada de grave aconteceu! O único problema foi a falta de banheiros, que transformou o centro em uma grande privada, mas tirando isso...

Então, vamos contar a saga! O Blogueiro (cof.cof) chegou às 20 horas, lá no palco do Páteo do Colégio, o palco dos independentes, assistiu parte do show da banda Luísa Mandou um Beijo, com um bom instrumental, mas o vocal não é lá essa coisa toda... às 20 horas e 30 minutos, começou com Vanguart, lá de MS, que todo mundo conhece, com um show mais curto que o normal, por estar no palco com um intervalo de 45 minutos de uma banda para outra. Tocou as músicas do primeiro álbum para uma boa platéia com todos cantando Semáforo ao final da apresentação, um dos grandes momentos da noite, apesar do som não estar dos melhores.

Após a banda cuiabana encontrei amigos e fui para uma das “pistas” lá na XV de novembro, que estava tocando algum Dj, que desconheço. Provavelmente, um dos lugares mais cheios de todo o centro, dançamos um pouco e em seguida fomos ao Mercadão Municipal comer e ver uma moda caipira, que só começava de madrugada e eram apenas 21:30... então só comemos. E subimos, para ver Los Porongas, às 23 horas, que fez uma boa apresentação! Com ótimos instrumentistas. Merece uma ouvida melhor!

Após o show da banda Acreana, fomos tentar ver Zé Ramalho no palco principal, às 0 horas, lá na São João com a R. Aurora... impossível, a partir do cruzamento mais famoso da cidade São João X Ipiranga era dificílimo transitar... fomos para a Pça. Do Patriarca, por lá tinha uma espécie de caminhão tocando desde Mamonas Assassinas até black music... então passamos na frente da Faculdade de Direito, que estava com uma bela decoração e tocando psytrance, outro local bem cheio... andamos algumas quadras e fomos parar na Quintino Bocaiúva, local que tinha Djs de casas paulistanas e muitos casais homossexuais, mas tudo rolando na maior paz. Com héteros, homos e todos mais se respeitando.

Após balançar o esqueleto (há-há), fomos descansar lá pelos lados do Páteo, de novo, vimos então os fantásticos Retrofoguetes, 2h20, com um ótimo surf music, sendo que o som estava bem melhor que anteriormente... fazendo a galera toda dançar com mr. Dick Dale. Em seguida me separei de parte de meus amigos.

Fui então ver uma das maiores bandas da história do Brasil, os Mutantes, às 3 horas E foi meio decepcionante... não que tenha sido ruim, longe disso, mas o show lá no aniversário de São Paulo foi bem melhor. E a nova vocalista é ruim, a banda serve como apoio para Sérgio Dias, mas não deixou de animar as pessoas com seus hits. Outro ponto alto da noite, foi Balada do Louco, com todo mundo cantando alto, um grande momento!

Após a mezzo decepção tive outra. Os Gladiators não iriam se apresentar, não houve nenhuma explicação melhor, mas deve ter sido problema de grana... Então fui ao Municipal ver Pepeu Gomes, às 6, mas ficou só na tentativa, a fila estava imensa. Ficamos vendo cenas muito engraçadas, ver o sol nascer e tudo mais. Após um período por lá, voltamos a Quintino Bocaiúva, tomamos um saudável café-da-manhã: X-Burguer! E fomos pra pista ali do lado dançar o Motorhead que estava tocando!

Fomos ver Teatro Mágico, às 9 horas, após a sessão rock’n’roll da manhã! Um show muito cheio e, como de todos os outros, mais curto que o normal, mas com muitos fãs de nariz de palhaço e rostos pintados. Nada demais no show, normal. Após a sessão de Anitelli e sua trupe, fomos ver a sensação indie do momento, Mallu Magalhães, que tocou apenas uma composição própria, pois o show era do Overcoming Folk Trio, junto com Hélio Flanders, do Vanguart e Zé Mazzei, do Forgotten Boys. O show que começou às 11:30 foi baseado em clássicos do folk, tocando Dylan, Hank Willians, Cash, The Animals e Beatles, além de composições próprias. O som não estava dos melhores, mas conseguiu levantar a platéia. Essa hora o cansaço começava a bater, as pernas doíam...

Mas não importava, tinhamos mais algumas horas! Então, no embalo, fomos ver os gaúchos do Cachorro Grande, ao meio dia, um dos melhores shows da Virada, quiçá da minha vida! Com ótimas baladas e rocks influenciados pela British Invasion e pelos mods, o ótimo show foi fechado com My Generation, da inglesa The Who. Na banda gaúcha parecia que tinha baixado o espírito dos ingleses. Com direito do vocalista, Beto Bruno, mostrando suas brancas nádegas!

Cansados e com fome pós-Cachorro, comemos um saudável tempurá de uns chineses por lá. Descansamos um pouco e fomos, lá no palco da São João, às 15 horas, ver a tão falada Orquestra Imperial, segundo Marcelo Costa, o maior cabide de empregos da música brasileira. Um show muito animado, com ótimas músicas. Deixando a platéia meio Lapa – Los Hermanos bem agitada, claro todos com um ótimo samba no pé! Após o neo-samba (sic), fomos ver os gaúchos do Superguidis, às 16:30, fazer um show com pouca gente e um som ruim, mas que animou os presentes. E ao fim da saga, vimos Fernanda Takai, que atrasou um pouco das 17 horas. Tocou seu último cd, baseado em músicas que Nara Leão tocava. A banda muito competente teve grandes momentos, como no clássico de Roberto e Erasmo, Debaixo dos caracóis de seus cabelos, a vocalista do Pato Fu, fechou com Barquinho, em uma versão em Japonês.

Desculpe o longo post, mas... a Virada é sensacional! Que venha 2009, me tragam um tênis novo, cerveja e mais ótimas atrações!

Top 10 – Virada (Sem ordem nenhuma)

4th time around/Norwegian wood – Overcoming Folk Trio
Sexperienced – Cachorro Grande
It’s all over now, Baby blue – Ovecoming Folk Trio
My Generation – Cachorro Grande
Debaixo dos Caracóis dos seus cabelos – Fernanda Takai
Balada do Louco – Mutantes
Ace of Spades – dj do CB Bar
Ereção – Orquestra Imperial
Miserlou – Retrofoguetes
Semáforo - Vanguart

2 comentários:

Gábis disse...

Mesmo eu tendo visto só 2 atrações, também gostei bastante da virada! Mas pelo que vi, teve treta sim hein. Eu via as vans da polícia indo e vindo, cheia e vazia, cheia e vazia.
Enfim, ADORO os meninos do Cachorro Grande, mas acho que a jam session que eu vi valeu mais a pena. E Cesária comandou!

Anônimo disse...

a gente viu muitos show 'juntos'!
mutantes foi o melhor para mim, talvez porque eu nunca tenha visto show deles, talvez porque tenho ataques histéricos quando vejo o sérgio dias, talvez por eu ter ficado lá na frentona e eles tocarem minhas músicas favoritas.
até "não vá se perder por aí"!
hahah, engraçado é que o show da Mallu Magalhães foi o que menos gostei. xD