segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mi muerte

Saio do caos amanhã. Irei para um bucólico sítio a 30 minutos de carro da cidade. Não suportarei a falta de trânsito, a falta de poluição, sou adicto a esse lugar com movimentação o tempo todo. Eu preciso dessa intensidade, dessa bagunça, esse monte de gente, eu preciso do mundo. Cidades bucólicas do interior me entendiam, mesmo que se eu ficar aqui não faça nada... é diferente, aqui eu teria a chance de fazer... lá nem isso.
Vacas, galinhas, cavalos, lagos limpos, estrada de terra, mato, aaah! Isso não é pra mim, eu gosto de carros, barulho, sujeira, inquietação... a tranquilidade não me interessa, a tranquilidade pra mim é como um mar calmo para um surfista, a falta de drogas para um drogado, a falta de gasolina em um carro... eu não me movimento! Eu me entedio, isso é terrível.... AAAAH mas não tem jeito. eu preciso conseguir suportar.
Que venham os 10 dias, mas que passem logo, tentarei durmi-los por inteiro para conseguir passar mais rápido. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Minha vida anda tranqüila, sem problemas. Porém... quando isso acontece, sou incapaz de escrever. Preciso de um buraco no caminho, preciso duma pedra na cabeça, preciso sair desse marasmo, dessa mediocridade. Tudo isso apenas para conseguir escrever algo, não precisa nem ser bom, mas preciso escrever, já se passam 15 dias sem uma linha escrita, idéias nem passam pela minha mente.

Por favor, se quiserem manter esse blog calado mantenham essa situação, mantenham essa paz. Se quiserem o meu bem, me tirem desse mar sem ondas, desse céu sem nuvens, dessa vida sem quedas. Tirar-me desse lugar é simples, me xinguem, me traiam, briguem, me larguem, me esqueçam, me abandonem. Simples assim. Preciso disso, essa vida sem letras, frases, emoções não é para mim. Sou masoquista, me chicoteiem que assim praticarei minha terapia, liberarei meus fantasmas, meus medos, meus lados nefastos daqui de dentro. Escrevo muito mais do que terapia, porem não sei como explicar, então digo terapia mesmo.

Dêem-me a solidão de algumas horas, uma poça de lágrimas, borrões avermelhados, cicatrizes, euforia, incerteza, saudades, me dêem a duvida saudável! Pronto. Assim escreverei.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

I'm not happy when it rains.


Chove forte. Há meses que D. Pedro chora por motivo desconhecido, castigando Santa Catarina, será que a mesma fez algo de mau? Não temos resposta para o plano superior.

Debaixo de um casebre simples a família celebra o primeiro “papai” dito pela menina de 11 meses. Seus pais riem do feito da pequena. A morada fica num morro protegido pela mata nativa, árvores verdejantes que estão cansadas de serem molhadas.

As lágrimas do santo continuam por horas seguidas, o céu está negro parece noite, não se sabe exatamente se já o é ou se ainda é dia, olham para o relógio, é hora de dormir. Deixam o nenê em seu berço quente, vão para a cama de casal.

Ela chora assustada pelo barulho de trovões.... os pais a levam para a segurança de seus braços. Conseguem-na acalma-la por certo tempo, não esperam o acontecimento que acontecerá em poucos... Boom! Ouvem ao fundo, o pai e marido protege sua família, num instinto rápido, animal! Segundos depois acontece o pior as árvores-muro caem. Lama invade toda a parte, leva pertences. A cama jaz em pedaços, ele solta a mão da mãe do rebento para proteger a indefesa criança... instantes depois é o fruto do amor que se vai. Ele é resgatado, preferia que resgatassem as duas e o deixassem, já não há tempo. O pai outrora orgulhoso perde tudo num espaço de segundos, no máximo um minuto.

Levam-no a uma igreja-abrigo. Está desolado, a tristeza, a desesperança, o medo e poucos momentos lúcidos se alternam. Não consegue chorar, não acredita, tenta, mas é impossível. Não dorme, lembra dos 11 meses mais felizes de sua vida e do momento em que o Sol brilhou forte e rapidamente... “Papai!”, “Papai”, “Papai”, ... a palavra, a lembrança, o momento, o sorriso, a voz... não sai de sua cabeça. Papai...

ps. Inspirado na reportagem ‘“Em menos de 1 minuto, eu perdi as duas’, diz o pai” – O Estado de S. Paulo, Terça-feira, 25 de novembro de 2008, p. C6 (Cidades/Metrópole).


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Anseios, vontade, desejos, repulsa II

Abraço carinhosamente, meu homem, que está ao lado. Ele parece cansado, não dá atenção, vira o rosto, distante de mim... dá minha doce boca, será que me acha feia? Não entendo foi tão bom, cheio de carinho, o que fiz de errado? Faço perguntas se há algo errado, me responde curto e seco, com sims e nãos. Parece não se importar. Quero conversar!

Ta um calor dos infernos, estou descabelada e suada, será esse o problema? Ele acende seu cigarro intragável, por que eles sempre têm que fumar depois? Acho que é seu único problema... um péssimo hábito, eu falo, mas não me ouve, é teimoso. Ele está tão distante! Pouco tempo atrás estávamos como apenas um, agora ele viaja pelo seu mundo paralelo e alheio; não paro de pensar no belo homem que és!

Sim, sei que sou um tanto insegura, mas oras, como não ser? Meus cabelos são feios, sou gorda, já fiz dieta da lua, da sopa, a base de água, comprei a revista “Em Forma” e não deu resultado! O problema é comigo mesmo. É isso, por isso ele está distante, continuo fazendo carinho, sem resultados, porém.

De repente, uma reação inesperada! O filho-da-puta me chama de gorda, certeza que ele está com outra, que absurdo! Eu não sou gorda! Não sou! O expulso da minha cama, do meu quarto, da minha casa, da minha vida... AAAAAAAAAAAH! Eu tô gorda! Ele disse, pior ele teve a indolência de dar um lindo, quero dizer um horroroso sorriso, e disse que me ligaria... ai... vou tira-lo da minha vida! Eu te odeio!

Passo o resto da madrugada acordada, acordo minha amiga e me afundo em lágrimas raivosas, xingo o idiota e como um pote de sorvete! ... ele vai ver só! Um dia vai rastejar por mim, desgraçado!

ps. Esse texto é machista! É sexista! E é paródico! Especial para Érika! Que venham as pedras que meu telhado não é de vidro

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

anseios, vontades, desejos, repulsa

Viro pro lado e tento adormecer, porém a moçola insiste em querer conversar e perguntar e invadir meu espaço. Desejo apenas minha paz interior, recuperar meu fôlego, depois de muitas curvas, níveis e desníveis, altos e baixos relevos. Mas, diabo, insiste em não calar. Acendo meu cigarro restaurador e me imagino em outros braços, num lugar qualquer bem distante donde estou; longe desse calor que cola e molha, como molha. Mèrde! Ao que parece ela discorda, entretanto não usa palavras, apenas gruda os corpos nuns aos outros, molhada já está.

Desejo algo, ela também o faz, mas não há concordância nas vontades: eu quero fugir, ela quer ficar; eu quero o êxtase e o descanso, ela quer o êxtase e atenção; eu quero apenas fumar, ela quer só falar; eu não desejo ouvir, ela também não. De forma lacônica a noite termina... digo belas gordas palavras e viro para o lado. Ofendida, se veste e me expulsa de seu abafado quarto. Agradeço com um sorriso, digo cinicamente que ligarei. Ando pela fresca madrugada, agora com meu anseio de paz realizado... não sinto remorso algum em descarta-la como comida vencida.
Chego em casa e, finalmente, durmo sob o ar condicionado, pensando em braços, não os da moçoila de minutos atrás, mas noutra, aliás A outra.


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

EP - Pareço Virtual


Meus queridos leitores (cof.cof), lembram quando escrevi sobre o Cérebro Eletrônico e o fantástico show? Pois é, a Phonobase, gravadora da banda mandou um link especial para baixar um EP virtual, cujo nome é Pareço Virtual, com algumas músicas do cd Pareço Moderno, remixes inéditos e músicas ao vivo. Recomendo fortemente!
É complicado resumir o som da banda, são influências de todos os lados, desdo rock passando pela bossa e mpb. Letras bem-humoradas com citações pop (Caetano, Roberto Carlos, Raul, entre outros), melodias que grudam... Bom, perceberam que eu gosto demais, né?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

a desordem da ordem.


tudo está fora do lugar ou talvez esteja no lugar que sempre deveria estar. há controvérsias: invadiram sua casa, "arrumaram" as coisas como se fosse o lar dos invasores. aquela perfeita ordem artificial, aquela sensação de invasão íntima. simplesmente ali não é o que era, enquanto não desarrumar tudo, será apenas um novo espaço,  não sabe quanto tempo demorará. na verdade, nem tem certeza se não levaram nada, afinal... ele sabia onde estavam as coisas na desordem anterior, espera descobrir logo onde está o velho quadro verde psicodélico, o maldito escalímetro quebrado que era da vovó, os quadrinhos do watchmen, a camisa listrada do verdão de 93, os cds pirateados do velvet underground, do jesus & mary chain e do vanguart, além claro de toda sua coleção de livros beat. maldição! não os acha e sente um profundo vazio, parte de sua vida não está como devia estar. procura em cada pilha que vê. espera que não demore muito, afinal a morte já está batendo à porta com sua foice.

ps. por favor, se ainda existirem erros... avisem, foram 9 editadas em 15 minutos. ando meio desconcentrado.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

adeus, meu porto seguro...


meu navio está totalmente à deriva no grande oceano, abandonei a pouco meu porto seguro, talvez alguém o invada ou o destrua, mas é necessária a partida. mudanças são fundamentais. nesses dois anos e pouco, fizemos pequenas viagens até ilhas e portos próximos, mas nada excepcional. não sei quando voltarei para ai, tampouco sei se sobreviverei ao vasto mundo, mas para isso que vivemos, grandes aventuras piratas. meus marujos estão loucos de ansiedade. parto sem data para volta. sobrevivo com a intenção de viver. pilho para não ser pilhado. e que venha à próxima nova grande aventura. adeus meu porto seguro. talvez seja um até breve, mas o futuro não me pertence, então que seja...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Domingo

Por que diabos as madrugadas frias de domingo para segunda me deixam melancólico e saudosista, escrevendo besteiras a mil. São textos com um quê de tristeza, cartas apaixonadas, despedidas, não há um que seja diferente dos tipos anteriores. Olho as fotos da velha juventude. O tocador de música ainda ajuda, só coloca as canções de chorar. Quando não é ele, sou eu que escolho as que se encaixam na descrição. É um tal de colocar blueses sobre o sofrimento humano, baladas com meio coração rasgado como inspiração e crooners cantando com sua voz grave sobre como ela o deixou. Então me perguntas: “por que cazzo você não foi dormir depois da vinhetinha do Fantástico? És insone? Porra, é domingo! Amanhã é segundona, meu!” Dou um sorriso amarelo e digo: “a melancolia que me deixa desse modo, também me atrai profundamente... ela é como uma luz brilhante num túnel escuro, uma corda comprida para um suicida, um pão fresco para um faminto. E não, não sou insone, durmo muito bem obrigado.” E esse é apenas mais um de sei lá quantos que ainda viverei. Triste, não?

sábado, 23 de agosto de 2008

O chuvisco fino e gelado toca minha pele causando uma deliciosa sensação entre o corpo quente e a água fria. No som Lou Reed declama uma canção tristonha e melancólica. Ponho o braço pela janela com um cigarro aceso na mão... a ponta em chama destaca a escuridão... bato e as cinzas voam calmamente no ritmo do vento com rotações mágicas. E eu cá estou, madrugada adentro, acordado como sempre.

Sometimes I feel so happy
Sometimes I feel so sad
Sometimes I feel so happy
But mostly you just make me mad
Baby, you just make me mad

Linger on your pale blue eyes
Linger on your pale blue eyes

Thought of you as my mountain top
Thought of you as my peak
A thought of you as everything
I've had, but couldn't keep
I've had, but couldn't keep

Linger on your pale blue eyes
Linger on your pale blue eyes

Skip a life completely
Stuff it in a cup
They said, money is like us in time
It lies, but can't stand up
Down for you is up

Linger on your pale blue eyes
Linger on your pale blue eyes

It was good what we did yesterday
And I'd do it once again
The fact that you are married
Only proves you're my best friend
But it's truly, truly a sin

Linger on your pale blue eyes
Linger on your pale blue eyes

If I could make the world as pure
And strange as what I see
I'd put you in a mirror
I'd put in front of me
I'd put in front of me

Linger on your pale blue eyes
Linger on your pale blue eyes

Lou Reed continua a bela canção... traz a melancolia junto com o passar das horas e já são duas e trinta e seis da madrugada... Seus pálidos olhos azuis... minha loucura, minha madrugada, minhas sensações. Acendo mais um e continuo na janela olhando para o negro céu.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

1 ano

Pois é, nem eu acredito que esse antro sobreviveu um ano de textos ruins, idéias desconexas e muito sentimentalismo barato. Mas sobreviveu, só pra deixar marcado e que venha, não, não será mais 1000. Que venha quanto tenha que vir... estamos ai pra isso!

1 ano, 82 textos publicados, uns 3 ou 4 que eu gosto. E claro, a tradição de comemorar o 1º ano! Deveria estar no bar comemorando ao invés de escrever essas falácias por aqui. Chega! Leia o texto abaixo!

Grato aos que passam por aqui. E comentam ou não. Não importa...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Olimpíadas da pieguice

Pode me chamar de piegas, mas... caralho, o esporte emociona! E como! César Cielo Filho chegando em terceiro lugar, achando no dia anterior que nem se classificaria... Lezak fechando revezamento 4 x 100 metros sendo que o recordista mundial tava do lado e com meio corpo a frente... Caralho... e são só 6 dias de Olimpíadas, vem mais.

sábado, 9 de agosto de 2008

Ando pelas calçadas esburacadas, melancólico com o mau tempo... chuva, céu cinzento, desamores... acendo o último cigarro do maço debaixo do meu guarda-chuva negro, negro como meu humor e meus pulmões no futuro, não me importo, apenas ando, tentando fugir das poças gigantescas d'água, apenas quero impedir minhas meias de se ensoparem e da sensação de pé molhado.

Observo ao longe e desobservo, continuo andando sem rumo, como sempre quando meu humor não está bom, páro em um buteco qualquer, ao fundo ouço o velho e ruim sertanejo, pra mim, ruim, pros do bar, bom. Finjo escutar apenas ruído, peço apenas mais um maço com um dinheiro qualquer, desentarrado das calças e casacos recém-lavados, não tenho nem como pedir mais... peço apenas a nicotina, o alcatrão. Sim, gasto dinheiro com besteiras, estou mais pobre, com menos saúde e mais feliz. Me julgam, apenas ignoro, sei que faz mal, mas oras, o que mais não faz?

E com essa dúvida na cabeça, minhas roupas pesadas e meus pés úmidos continuo a andar em busca do desconhecido, conhecido. Já passei por lá, mas são os úmidos membros que me levam, não a minha doente cabeça, cantarolo uma canção qualquer: "lá, lá, lá"; a música, a arte, as minhas amizades, a minha solidão, meus vícios e minhas virtudes me fazem feliz...

Que virtudes? Abstraio, deixo isso para os outros, não sei nem ao menos quem sou... além dum fumante, bêbado, (in)feliz... Ando, ando, formam bolhas doloridas, não sinto... já escurece no horizonte... hora de voltar para casa e parar com esses pensamentos tresloucados, hora de me encaixar na sociedade, mais tarde volto a fazer tudo isso, sempre sozinho ou com amigos problemáticos como eu... sempre assim... repetidamente... faço dessa forma para não ser julgado, olharem torto e acharem que perco minha vida desse modo... essa é meu modo de vida, lembre do passado, viva o presente e que se foda o futuro. Tomo um banho e estouro minhas bolhas doloridas, estão lá junto com as marcas de tempo, meus calos, minhas cicatrizes, esse sou eu.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

solitária solidão

Me chamas de melancólico, anti-social e solitário. Só porque ando por aí com a cabeça vagando longe do corpo, sem ninguém para conversar. Só porque vou ao cinema sem companhia, achas isso deprimente, é apenas para quem pensa assim, para mim, não.  Só porque janto sozinho num restaurante cheio de casais. Só porque ando perambulando por aí, apenas com minhas companhias mais fundamentais. Um bom livro, uma máquina de tirar fotos, um Ipod com músicas variadas, meu maço de cigarros e minhas cervejas ao longo do meu caminho. Além duma folha de papel amassada qualquer com rabiscos que são minhas letras, palavras, parágrafos... quase textos. Não posso fazer nada se essa "solidão" que alimenta minha alma, longe de mim achar que não preciso de pessoas, amigos, família, claro que preciso, mas... oras, nem sempre vocês estão por perto, nem sempre desejo isso. Preciso do meu tempo e do meu espaço para colocar as coisas e formas em ordem. Não sei se é ordem, talvez seja apenas o caos. "O problema é que penso que ordem é caos. E caos é ordem". Nada posso fazer além de seguir minha vida e esperar a chance de tê-los perto de mim. Quero e muito isso. Mas enquanto não acontece... continuo andando por ai com minhas companhias fundamentais: meus copos meio vazios, meio cheios, meu maço acabando, a bateria do Ipod acabando e eu sentindo a solidão.

terça-feira, 15 de julho de 2008

devaneios ultra reais


Andando pela rua na gélida madrugada, com a lua ao alto, reluzente como sempre... sozinho, isolado nos pensamentos perdidos duma cabeça confusa, milhares de idéias ao mesmo tempo... indo e vindo, não conseguindo ficar em um só.

Não penso no passado, a qual devemos lembrar, mas não nos prender, nem no futuro, que devemos pensar, mas não nos iludir, penso, apenas,  no presente no qual devemos viver... os outros que deixem para mim; me isolo nos perdidos devaneios do meu mundo paralelo, embasado em álcool e nicotina, nas ruas escuras e frias, no isolamento da metrópole, nos relacionamentos mentirosos, falsos, distantes e interesseiros, nos humanos atos imundos, na sujeira, nos ratos e esgotos. Meus embasamentos são todos negativos, a esperaçança distante está, como a luz ao final do túnel que nunca chega. Nisso que penso, nisso que vivo. Nesse mar de influências negativas...

Continuo andando sem rumo, o luar começa a baixar, estou na baixa Augusta, lugar em que convivem putas, cafetões, rockers, emos e todas as "tribos", me sinto bem em distinto lugar, a crueza e diferença dos seres humanos exposta ao vento, não no underground por aí, escondido do mundo, ali a verdade vêm à tona... ali encontro tudo que me embasa. Minha casa aqui és... a relação de exploração entre patrões e meretrizes, essas e seus clientes, esses e o álcool, a verdade e a mentira andando lado a lado... irônico ser tudo tão verdadeiro ali, mesmo com tantas mentiras, "nossa, como você é gostoso" - puta para comprador. Tudo isso é a verdade, não essa redoma em que costumamos viver, talvez por isso me sinto tão bem ali, no meio de pessoas que costumam dizer para evitarmos, com ambientes nada familiares, com substâncias nada saudáveis e com a verdade tão evitada. Esse é o nosso mundo, baseado no falso. Aqui é minha casa. Cada bar é um cômodo, cada pessoa é um morador, cada cama é um sofá e cada bebida é a bebida. E assim que é. E deveria ser.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

A ironia das flores erradas


No alto das copas, rosas primaveras colorem o macabro ambiente de cores neutras, estátuas kitsh, cruzes, túmulos e memórias. Sim, as memórias dos momentos com o infeliz que nos deixou, nem ao menos para avisar... Tinha que ser de surpresa, ataque cardíaco fulminante... ele se vai e nós ficamos aqui, chorando de tristeza e pensando na saudade que já nos bate, só de pensar que o querido tio não estaria ali na próxima festa de família, ficando bêbado e dando vexame... como dói fundo.

O clima pesado, com famílias inteiras chorando o adeus ao ente. As vestes pretas predominam, deixando o local ainda mais triste, lenços enxugam as lágrimas que insistem em cair, as imensas coroas colocadas em volta do caixão... os últimos presentes ao defunto. O silêncio predomina próximo ao túmulo... se ouve apenas o piar dos pássaros que são cúmplices da cerimônia, mas não participam do ritual, se participassem estariam quietos e vertendo água de seus glóbulos oculares, mas não, cantam a alegre melodia matinal de todo dia.

Pior que os pássaros, pobres pássaros... são as odiosas lindas flores no topo das árvores, ora, deveriam nascer lá no parque, deveriam ser vendidas para serem dadas, deveriam alegrar outro lugar, não esse que cá estou, não há motivo para estarem aqui... tentando nos dar tapinhas nas costas e falar que vai passar... ora, isso sabemos, mas quero curtir meu luto, sem ninguém tentando me animar, quero chorar tudo que posso agora, quero que sequem minhas glândulas lacrimais, e tem que ser agora, preciso retirar tudo isso de mim de uma só vez e depois levantar a cabeça e keep movin', enquanto isso não acontece... me deixem, lindas flores, terão sua vez mais tarde, num momento certo... o que estou agora não o é...

Irônico nascerem as mais belas flores no lugar em que choramos nossas perdas.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Parapeito


No alto do parapeito o homem está. A cidade lá embaixo, pessoas-formiga, carros-besouro. Tão próximo do céu, tão próximo do chão. É o purgatório... o purgatório de cimento, tão palpável quanto um corpo... da bela e amada mulher que o deixou. Pensa, respira fundo... hesita. No alto de sua cabeça, lembra, lembra, não há a certeza... o céu límpido, sol forte. Pensa na praia e no mar selvagem e de azul profundo, aqueles feriados, ... A lembrança passa. O trabalho o enfadonha, a família já não há, o namoro foi se, as contas estão a pagar. O vento forte em sua face gelado, cortante... o tempo passa e se ouve uma sirene, a massa corpórea aberta, estourada, o sangue mancha o negro asfalto... o céu outrora límpido assim não está, uma tempestade cai e a mulher que o largou... chega ao local do ambíguo ato. Chora, sai... a chuva limpa as marcas, mas o passado não se esquece.

segunda-feira, 9 de junho de 2008


Toco o velho violão caído, com marcas de uso. Como temos nossas marcas da vida. As marcas que nos formam, as velhas cicatrizes dos tombos. O violão tem marcas de queimadura de cigarros pelo corpo, arranhões, batidas, mas o som continua o mesmo do início, talvez ainda melhor. Ou talvez, seja só eu que estou bêbado e tocando os velhos blueses e baladas encantadoras em homenagem aos meus heróis enterrados em amores perdidos, butecos sujos, bebida barata e seringa na veia e pó no nariz em banheiros com privadas entupidas cheias de merda. Meus heróis, nem todos morreram de overdose, mas muitos caminham para isso ou pelo menos a loucura natural dos artistas. E pior que não morrer é aceitar a velhice que The Who não aceitava "I hope I die before get old". Mas esse é o nosso mundo, o suicídio é raro e muito condenado, cada vez mais vivemos em boas condições... Talvez eu deva apenas esperar a vida passar e chegar a hora de morrer, quem sabe se esse é o caminho... Nem vou esperar para ver... Sinto que não é... E vamos ao bar, e fumemos, e fodemos, dancemos e cantemos pelos cantos escusos da grande metrópole cinza.

Detalhe que estão sempre bem vestidos. Tal a elegância. A velha elegância da velhice.

domingo, 8 de junho de 2008

Às vezes, só a mentira salva- Bora manter as aparências, então.

A frase que inicia o post é do livro A Hora da Estrela, de Clarice Linspector. Altamente recomendável. Tem um monte de críticas sobre o clássico-mor de Clarice.



segunda-feira, 2 de junho de 2008

Idealização: escritores II


Certa vez escrevi sobre escritores... como eu escrevia em lugares "errados", bebendo coisas erradas e tal.

Pois é, dessa vez segui a risca o tutorial de como ser um bom escritor! Escrevo sob efeito de vinho vagabundo, maços de cigarro e em um buteco sujo por aí... e... não deu certo mesmo assim. O texto continua ruim, a prosa não é fluída... ou seja, não continuo escrevendo bem! O problema deve ser o "vagabundo" do vinho, um dia acerto, pó deixar!

domingo, 1 de junho de 2008

Kites in the sky


No subúrbio próximo, meninos empinam pipas… jamaicanas, amarelas com riscas vermelhas…; cachorros latem violentamente frente ao portão, e as mesmas pipas que voavam agora prendem aos fios diversos espalhados, com ou sem cerol.

A família logo abaixo briga com os mesmos que latiam sem parar. Da mesma janela de sempre, com um olho roxo ao fundo, observo as cenas não tão habituais, ouço um samba distante e uns Hermanos bem próximos.

Mesmo com tudo isso acontecendo não sai de minha vaga cabeça, ... chuvisco fresco e gélido; não, não é isso que permanece forçadamente por tanto tempo... é aquela confusão mental proporcionada por apenas algo, ... nem sei ao certo o que é... nada tenho de certeza, tamanho encanto proporcionado que suponho ter. Sim, suponho que seja isso e aquilo que as pessoas dizem por ai... nada certo, nada... nem ao menos sei...

Desligo minha mente de ti e ouço os mesmos caninos gritando e as pipas céu adentro. Kites in the sky. Sempre estão por lá com suas cores vibrantes tornando o cinzento em colorido...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Um Beijo Roubado


Vejam Um Beijo Roubado! Ninguém daria nada por um título desses, mesmo no original My Blueberry Nights, é fraco, mas é um grande filme, dirigido por Wong Kar-Wai, o mesmo de 2046. O elenco tem Jude Law, Norah Jones, entre outros. Esses dois últimos tem boas atuações, o filme é uma pérola! Existe uma variação imensa de temas, desde o tradicional On the road americano, passando por três amores e desamores, confiança, amizade, solidão... a gama é imensa!

Não falarei do enredo, isso se acha por ai... mas o modo como o chinês conduz o filme, de forma natural e com uma fotografia muito bela, alternando ritmos e com personagens bem formados, torna o filme muito bom! Não é um dos melhores do ano, mas mesmo assim merece ser visto por quem gosta de romances não tão bobos, pelos amantes de cinema, pelas admiradoras de Jude Law, que são muitas, e por quem gosta de um filme, não tão difícil de digerir, mas que não entrega tudo pronto! Sem contar a ótima trilha sonora que encaixa em todos os momentos do filme, com Jazz, Soul e muita classe!

Recomendo!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Camilla

Se Clarah Averbuck é Camilla López... eu sou Bandini, mas ela não é minha Camilla.

O livro dela é esse aqui e pode ser baixado de graça. Nem me importo que ela queira imitar o velho safado!

sábado, 10 de maio de 2008

Cérebro eletrônico


Sabe, não sou crítico de música... nem sei ouvir música direito. Não acho que o LP seja mais fiel que o MP3, aliás, para mim, esse formato é muito bom, mas quem sou eu? Apenas um muleque metido a entendido, curioso e ... só! No máximo, tento arranhar o violão e a guitarra, nada além disso. Mas, puta que pariu, fui ver o show do Cérebro Eletrônico e, meu Deus, foi sensacional!

A crítica os rotula como MPB moderna, eu não os coloco como coisa alguma... não sei ao certo, as músicas passam por marchinhas, baladas e rocks furiosos, ou seja, identificá-los do modo como são, é reduzir a quantidade de possibilidades, eles são mesmo é não-identificáveis e fazem um dos shows mais animados, performáticos e cheio de objetos não-identificáveis, como buzinas, serpentinas, biribas e muito mais.

O show de terça da estréia do CD (entre outros mil formatos) Pareço Moderno, lançado pela Phonobase, foi muito bom, como disse no parágrafo acima. Com direitos a muitos convidados, como Thunderbird, integrantes das bandas Banzé e Numismata, além de outros convidados que fizeram ótima participação! O show foi basicamente o novo cd e uma música do próximo, com direito a 5 bises (assim?) e uma platéia, que apesar de não lotar a Chopperia do Sesc Pompéia, era muito animada e agitou o show! Aliás, alguns ali eram pessoas importantes da cena cultural de São Paulo, desde cantores, fotógrafos, jornalistas entre outros.


Talvez, a banda não faça sucesso, mas é uma dessas que quem conhece, valoriza! E mais, como já disse e reafirmo, o show vale a pena, com versões melhores que no cd e no mp3.

A banda competente, o carisma de seus integrantes, as ótimas letras, com direito a citações de Roberto Carlos e Sérgio Sampaio, os sons tirados de lugares estranhos, que apesar disso, ainda faz um som acessível a todos os públicos, os fazem serem tão legais e que vale a pena ouvir.

As músicas podem ser ouvidas aqui.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Post de Quinta - sociedade...


Pois é, hoje é o nosso dia favorito! Quinta-feira! Que delícia, o começo do final de semana e aquela aula deliciosa às tardes! Iupii!!

E, bom, estou com problemas de inspiração, escrevi o de hoje, mas não é a melhor coisa do mundo, acho que a inspiração acabou em abril...!

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Ela veste um tailler... ele veste uma regata;
Ela bebe café de merda de bicho... ele bebe pinga pura de garrafinha de plástico;
Ela fuma um gauloises... ele fuma um eight de camelô;
Ela come foie gras... ele come dobradinha;
Ela ouve erudita... ele ouve sertanejo no radinho de pilha;
Ela carrega as sacolas de compras... ele carrega a areia da construção;
Ela tem motorista... ele é motorista;
Ela lê Dostô... ele não sabe lê (sic);
Ela compra na Oscar... ele nem compra;
Ela paga R$8,00 no pãozinho... ele paga 2,50;
Ela mora li... ele a uma quadra de distância.

Essa é a nossa sociedade... a diferença de uma quadra faz a diferença. Aqui na cidade que amo temos muito disso:
desde a elite intelectual na usp e a são remo atrás; a sede do governo do estado no Morumbi e Paraisópolis ali do lado; nossa querida Daslu e a favela Funchal uma do lado da outra... sabe, podem me chamar de idealista, socialista, o que for, mas isso é no mínimo um absurdo. Essas diferenças gigantescas entristecem, não ficar impressionado ao andar por ali e ver essa mudança de ambiente tão rapidamente é horrível!

ps. Ia citar Lennon e Imagine, mas ia ser mais piegas que já és!
haahaahah

terça-feira, 6 de maio de 2008

Aos 13 [criatividade é tudo]

Sabe... hoje é um daqueles dias que bate a melancolia, e pior, nem posso colocar a culpa no céu fechado, porque, apesar do frio, tá um puta sol forte e um lindo céu azul. Então... lembrei de umas coisas legais, nuns tempos passados... (sim, quando ponho muitos "..." deve ser porque eu esteja melancólico hehe).

Pois, então, eu tava lembrando da minha 7ª série. Não costumo falar desse passado longinquo para ninguém... Nem para o pessoal que eu estudei no colegial, nem eles devem ter eu ouvido falar muita coisa dessa época. Voltando...

Lembrei de amigos, amores, professores e tudo mais; lembrei de músicas, programas e filmes; lembrei de abraços, beijos e sóis na cara; lembrei de matemática, história e redação; lembrei do alto dos meus atuais 18 anos, como eu era mais fechado, como eu era diferente do que sou hoje com os 13; lembrei que cometi erros homéricos e estúpidos, esquecendo certas pessoas; lembrei de momentos especiais e engraçados.

Mal aee, post-estranho-melancólico-nostálgico-velho-bobo-piegas... mas que de vez em quando queria voltar pra corrigir certas coisas, juro que queria, principalmente, em relação aos amigos... que viram colegas, que depois esquecemos.

Ignorem o post, é só uma fase!

ps. e por que nostaliga e melancolia andam juntas de mão dadas?
pps. minha trilha sonora é o 1º do CPM22, mas isso é segredo. Qual a de vocês? Mas só é CPM, porque era o que eu ouvia na época.
ppps. a dos meus 15 anos é punk-rock

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Virada Cultural!

Calma, eu sei que meu timing ta atrasado, já falaram de tudo sobre a Virada, já saiu em todos os blogs, jornais e tudo mais, mas... vou falar mesmo assim!

E São Paulo saiu de casa! Segundo estatísticas oficiais, 4 milhões de pessoas passaram pela Virada Cultural para assistir as mais de 800 atrações que se apresentaram esse ano. E quase não teve problemas, segundo a polícia, os únicos casos foram de bebedeira, mas não houve uma treta sequer! E não estava só uma “tribo” – como odeio essa expressão – tinha de tudo por lá, desde punks, indies, emos, metaleiros, góticos, rappers, velha guarda, famílias inteiras, e muito mais! E nada de grave aconteceu! O único problema foi a falta de banheiros, que transformou o centro em uma grande privada, mas tirando isso...

Então, vamos contar a saga! O Blogueiro (cof.cof) chegou às 20 horas, lá no palco do Páteo do Colégio, o palco dos independentes, assistiu parte do show da banda Luísa Mandou um Beijo, com um bom instrumental, mas o vocal não é lá essa coisa toda... às 20 horas e 30 minutos, começou com Vanguart, lá de MS, que todo mundo conhece, com um show mais curto que o normal, por estar no palco com um intervalo de 45 minutos de uma banda para outra. Tocou as músicas do primeiro álbum para uma boa platéia com todos cantando Semáforo ao final da apresentação, um dos grandes momentos da noite, apesar do som não estar dos melhores.

Após a banda cuiabana encontrei amigos e fui para uma das “pistas” lá na XV de novembro, que estava tocando algum Dj, que desconheço. Provavelmente, um dos lugares mais cheios de todo o centro, dançamos um pouco e em seguida fomos ao Mercadão Municipal comer e ver uma moda caipira, que só começava de madrugada e eram apenas 21:30... então só comemos. E subimos, para ver Los Porongas, às 23 horas, que fez uma boa apresentação! Com ótimos instrumentistas. Merece uma ouvida melhor!

Após o show da banda Acreana, fomos tentar ver Zé Ramalho no palco principal, às 0 horas, lá na São João com a R. Aurora... impossível, a partir do cruzamento mais famoso da cidade São João X Ipiranga era dificílimo transitar... fomos para a Pça. Do Patriarca, por lá tinha uma espécie de caminhão tocando desde Mamonas Assassinas até black music... então passamos na frente da Faculdade de Direito, que estava com uma bela decoração e tocando psytrance, outro local bem cheio... andamos algumas quadras e fomos parar na Quintino Bocaiúva, local que tinha Djs de casas paulistanas e muitos casais homossexuais, mas tudo rolando na maior paz. Com héteros, homos e todos mais se respeitando.

Após balançar o esqueleto (há-há), fomos descansar lá pelos lados do Páteo, de novo, vimos então os fantásticos Retrofoguetes, 2h20, com um ótimo surf music, sendo que o som estava bem melhor que anteriormente... fazendo a galera toda dançar com mr. Dick Dale. Em seguida me separei de parte de meus amigos.

Fui então ver uma das maiores bandas da história do Brasil, os Mutantes, às 3 horas E foi meio decepcionante... não que tenha sido ruim, longe disso, mas o show lá no aniversário de São Paulo foi bem melhor. E a nova vocalista é ruim, a banda serve como apoio para Sérgio Dias, mas não deixou de animar as pessoas com seus hits. Outro ponto alto da noite, foi Balada do Louco, com todo mundo cantando alto, um grande momento!

Após a mezzo decepção tive outra. Os Gladiators não iriam se apresentar, não houve nenhuma explicação melhor, mas deve ter sido problema de grana... Então fui ao Municipal ver Pepeu Gomes, às 6, mas ficou só na tentativa, a fila estava imensa. Ficamos vendo cenas muito engraçadas, ver o sol nascer e tudo mais. Após um período por lá, voltamos a Quintino Bocaiúva, tomamos um saudável café-da-manhã: X-Burguer! E fomos pra pista ali do lado dançar o Motorhead que estava tocando!

Fomos ver Teatro Mágico, às 9 horas, após a sessão rock’n’roll da manhã! Um show muito cheio e, como de todos os outros, mais curto que o normal, mas com muitos fãs de nariz de palhaço e rostos pintados. Nada demais no show, normal. Após a sessão de Anitelli e sua trupe, fomos ver a sensação indie do momento, Mallu Magalhães, que tocou apenas uma composição própria, pois o show era do Overcoming Folk Trio, junto com Hélio Flanders, do Vanguart e Zé Mazzei, do Forgotten Boys. O show que começou às 11:30 foi baseado em clássicos do folk, tocando Dylan, Hank Willians, Cash, The Animals e Beatles, além de composições próprias. O som não estava dos melhores, mas conseguiu levantar a platéia. Essa hora o cansaço começava a bater, as pernas doíam...

Mas não importava, tinhamos mais algumas horas! Então, no embalo, fomos ver os gaúchos do Cachorro Grande, ao meio dia, um dos melhores shows da Virada, quiçá da minha vida! Com ótimas baladas e rocks influenciados pela British Invasion e pelos mods, o ótimo show foi fechado com My Generation, da inglesa The Who. Na banda gaúcha parecia que tinha baixado o espírito dos ingleses. Com direito do vocalista, Beto Bruno, mostrando suas brancas nádegas!

Cansados e com fome pós-Cachorro, comemos um saudável tempurá de uns chineses por lá. Descansamos um pouco e fomos, lá no palco da São João, às 15 horas, ver a tão falada Orquestra Imperial, segundo Marcelo Costa, o maior cabide de empregos da música brasileira. Um show muito animado, com ótimas músicas. Deixando a platéia meio Lapa – Los Hermanos bem agitada, claro todos com um ótimo samba no pé! Após o neo-samba (sic), fomos ver os gaúchos do Superguidis, às 16:30, fazer um show com pouca gente e um som ruim, mas que animou os presentes. E ao fim da saga, vimos Fernanda Takai, que atrasou um pouco das 17 horas. Tocou seu último cd, baseado em músicas que Nara Leão tocava. A banda muito competente teve grandes momentos, como no clássico de Roberto e Erasmo, Debaixo dos caracóis de seus cabelos, a vocalista do Pato Fu, fechou com Barquinho, em uma versão em Japonês.

Desculpe o longo post, mas... a Virada é sensacional! Que venha 2009, me tragam um tênis novo, cerveja e mais ótimas atrações!

Top 10 – Virada (Sem ordem nenhuma)

4th time around/Norwegian wood – Overcoming Folk Trio
Sexperienced – Cachorro Grande
It’s all over now, Baby blue – Ovecoming Folk Trio
My Generation – Cachorro Grande
Debaixo dos Caracóis dos seus cabelos – Fernanda Takai
Balada do Louco – Mutantes
Ace of Spades – dj do CB Bar
Ereção – Orquestra Imperial
Miserlou – Retrofoguetes
Semáforo - Vanguart

terça-feira, 22 de abril de 2008

508


508 anos de “descobrimento” Brasil!

Ia escrever um tratado antropológico sobre caipirinha, cerveja, mulher, cachaça, futebol e samba, mas descobri que esse não é meu forte!

Ia escrever sobre Machado, Tarsila, Villa-Lobos e Pelé, mas descobri que nem sobre os gênios eu consigo!

Ia escrever sobre homem do saco, Saci-Pererê, Bumba meu boi e Mula sem-cabeça, mas para isso eu deixo o Câmara falar!

Ia escrever sobre João do Pulo, Garrincha, Oscar e Romário, mas só vi um deles ganhar!

Ia escrever sobre Jobim, Chico, Gonzaga e Carmem Miranda, mas lembrei que a música do Brasil era muito mais!

Ia escrever sobre Paralamas, Legião, Titãs e Engenheiros, mas não suporto duas dessas bandas!

Ia escrever sobre funk carioca, forró rala-coxa, pagode de corno e sertanejo, mas nem sobre os populares eu tenho domínio!

Ia escrever sobre soja, café, cana e ouro, mas nem como historiador poderia falar sobre!

Ia escrever sobre as diversas culturas e povos que aqui vivem, mas não conheço o suficiente!

Ia escrever sobre a pluralidade da fauna e flora, mas biologia nunca foi meu forte!

Ia escrever sobre Porto de Galinhas, Fernando de Noronha, Ilha do mel e outras paisagens paradisíacas, mas lembrei que nunca fui a nenhuma dessas!

Ia escrever sobre Porto Alegre, Belém, Rio de Janeiro e Brasília, mas só conheço São Paulo e Atibaia!

Ia escrever sobre Norte, Sul, Leste e Oeste, mas não existe o Oeste (tá, existe, o Centro-oeste)!

Ia escrever sobre feijoada, pastel, brigadeiro e rabada, mas já se comeu tudo!

Ia escrever sobre Política, mas prefiro não falar disso em dias comemorativos!

Parabéns, meu Brasil! Que venham mais 508 anos! Um poquinho orgulhoso!

ps. mezzo inspirado nesse texto da Gabi!

sábado, 19 de abril de 2008

Ninguém em casa 7

Você nunca se perguntou o motivo desse antro de textos ser chamado de Ninguém em Casa?


Aqui vai a resposta. Certo dia, no ano de 2007, o gênio que vos escreve estava ouvindo mr. B.B. King, especificamente, a sensacional canção "Ain't Nobody Home", que para os desletrados da língua de Shakespeare, significa... Tantantantan! Siiiim!! Acertou! Ninguém em casa!

O blogueiro adora blues... e por ser um tantinho patriótico e por não conseguir pronunciar o nome da música traduziu!! E com isso tudo ficou mais fácil.
Fica um vídeo ae!

E não, infelizmente, ainda não sei publicar vídeos como os bons sites fazem!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Post de Quinta - Relógio...


Adivinhem que dia é hoje? Siim! Quinta-feira! Dia do “Post de Quinta”!

Então, como sempre a aula estava hiper-produtiva, ai vem...

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O rosto marcado pelas rugas e tempo... o tempo marcado. Tic-tac, tic-tac. O relógio move seus ponteiros pouco a pouco. Segundos, minutos, dias, ... semanas, meses, anos, décadas, séculos, milênios! Ufa...

Quem era jovem a um tempo atrás já não é mais. Aquela inquietude juvenil deixada nas páginas anteriores. Aquele que era um bebê, deixado no capítulo anterior.

O que fazemos durante o passar dos ponteiros? Quanto tempo às rugas demoram a nascer e deixar a inquietude para trás?

As gerações diferentes uma das outras, mas todas no fim com rugas e pensando no que deveriam fazer... A vida humana é estranha, não é como o War: “ganhe 20 territórios!”. As livres escolhas dos homens fazem a vida ser tão vazia (ou não) e complexa, visto que não sabemos o que fazer, nem enxergar conseguimos! O jogo é tão mais simples, fácil e óbvio, mas está ai a graça das coisas! A complexibilidade (o Word acusa não existir... existe, né?) faz ser mais interessante e difícil, também.

Enquanto aqui escrevo, os ponteiros passam, rugas aparecem e ao fundo ouço a velha dizer: “Ah, essas gerações são tão diferentes...”. Pois é, minha cara professora, gerações passadas... Mas as questões fundamentais são as mesmas... desde sempre... até quando?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Hoje, amanhã, ...

Na janela as gotas molham. Do outro lado da rua, a luz acesa no apartamento de sempre. O notívago escreve sem parar... o faminto come sem gula... o tarado assiste o 3º pornô seguido... o viciado enfileira a 4ª carreira de coca... o bêbado pede a 5ª branquinha...

A 400 metros do apê a balada rola solta, meninas se beijam, os olhares atravessam o salão. A 1000 metros, a boca-de-fumo está cheia apesar dos pesares de uma segunda-feira. A 1600 metros, o ônibus acelera na Cerro corá. A 2000 metros, um velho morre de ataque cardíaco. A 3000 metros, a marginal está cheia, mesmo sendo 2 horas da manhã. A 5000 metros, o mendigo se aninha no seu cobertor. A 10 km, o menino estuda depois de um dia de trabalho. A 20 km, o macaco sobe em mais uma árvore. A 50 km, o galo ainda não canta. A 100 km, quase chega Minas Gerais. A 1000 km, estamos no Espírito Santo. A 10000 km, desconfio que conseguimos atravessar o lugar por onde Che e Fidel fizeram sua revolução. A 400000 km, chegamos a lua. E a vida segue, como sempre seguiu... apenas mais um dia qualquer. Uma madrugada qualquer...

... e amanhã, o notívago não durmirá, o sem fome não comerá, o tarado comerá, o viciado procurará e o bêbado cairá. Mas é apenas mais um dia. A vida continua, como sempre... dia após dia.

sábado, 12 de abril de 2008

Ninguém em casa 1

Por que o blog se chama Ninguém em casa??

Ah, sim, quantas vezes não ouvi essa pergunta?!?

Infinitas devido aos infinitos leitores e comentaristas...

Aqui vai a explicação, meus queridos, e cuidado que a emoção das revelações será forte...

Certo dia, andando por aí... numa dessas padarias em que os freqüentadores usam os carros para colocar uma sonzera, então ouvi o fantástico verso: "Se não tem ninguém em casa/Eu faço festa".

Adivinhem só de quem é a belíssima letra?

Sim! A letra é dele! Do mestre que escreveu as fantásticas: Vem me beijar, Polígamo, Cátia Catchaça, Maria Gasolina e a superior e a maior: Festa no Apê!

Agora já sabe, não é? Ele, o ex da Kelly Key! Graande Latino, um poeta maior da MPB.

Pode ser encontrada aqui a letra da música que nomeia o blog!

Ninguém em casa 3

Oras, por que o imbecil do Nobody Go pôs a porra do nome do blog de "Ninguém em casa"?

Siim, tudo porque no dia que eu criei o blog, um fatídico dia qualquer de 2007, estava sozinho no lugar que moro, (não, não é o bar) e achei genial o nome ser o que é!

Realmente, não tenho noção do que é genial, mas soou tão bem, me pareceu tão forte, marcante e com presença que resolvi deixar assim batizado!

Não, nunca ninguém me perguntou o motivo de ter um nome tão babaca... mas se alguém quiser saber, já posso responder: "vá lá, ler no blog! Está lá" e com isso ganho mais um page view.

Claro, meu caro leitor, meu senso de piada é uma bosta, também, e sim, adoro me depreciar... Faz parte de todo ser humano:
-têm as meninas perfeitas que se acham imperfeitas;
-têm o seu ídolo que diz não se achar perfeito;
-têm seus pais, que só você e seu irmão acham perfeito, com algumas exceções que não cabem ser citadas acá.

Entre muitos outros casos...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Virada Cultural Correção

De última hora, houve uma pequena mudança, Mallu Magalhães não se apresentará mais na Virada. hehe

Siiim, isso pode deixar alguns de cabelo em pé, eu ficaria.

Na verdade, é muito melhor que isso. Mallu se apresentará junto com Hélio Flanders, do Vanguart, e Zé Mazzei, do Forgotten Boys, com o trio Overcoming Folk Trio. A apresentação será no horário que era da cantora, às 11 horas de domingo. Notícia dada.

Info dada por Lúcio Ribeiro.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hooligans - Green Street Hooligans


Era uma vez um post, que falava sobre as coisas masculinas do mundo. Falava sobre esporte, doença, superação, coisas que costumam comover homens. Muito embora, algumas mulheres se sintam tocadas (podem ver nos comentários do linque ali em cima).

Pois então, falarei de um filme que entra no mundo masculino de assuntos. Sim, desde a temática, os Hooligans e o futebol; até as brigas, e como os homens se tornam amigos rápidos. O tal filme é o que dá nome a essa postagem. Pouco se mostra de futebol ou mesmo da torcida “normal”, o principal mesmo são as brigas, os butecos e a mística das organizadas. Por aqui, sempre se vê notícias sobre as torcidas organizadas do Brasil (ainda mais em época de clássico), porém sabemos que os ingleses têm pior fama. Inclusive, em jogos de sua seleção.

Basicamente, o filme se foca na torcida do West Ham United, um time tradicional de Londres e principalmente na GSE (Green Street Hooligans), sua organizada. O enredo conta a história de um estudante, Matt (Elijah Wood, sim o Frodo), expulso de Harvard, que vai a Inglaterra morar com sua irmã, porém fica amigo de seu concunhado, o líder da torcida, Pete (Charlie Hunnam). E no desenrolar, Matt entra na “gangue”, se metendo em altas aventuras e muita confusão. A atuação do Frodo é muito boa, porém quem rouba a cena é mr. Hunnam e a torcida que é empolgante, a energia típica de um jogo no estádio. Não, não estou falando de briga, e sim, da “vibe” que emana das torcidas e dos estádios.

Apesar da liçãozinha de moral no final do filme, recomendo bastante. Não só por gostar de futebol, mas pelo assunto que é interessante, muito se fala, pouco se mostra. Não é nenhuma obra-prima, nenhum 2001 ou Poderoso Chefão, mas é um bom filme de homem. Futebol, porrada e cerveja. Sim, os que me conhecem, perguntarão: “oras, você, então finge que gosta de filmes franceses?”. Óbvio que não, apenas consigo gostar dos dois. E para as meninas que não se empolgaram, Charlie Hunnam é gato!

Fica a dica e homenagem a minha assinante de feed e fã número 1, Izabela Rovigatti.

ps1. Iza, se você não gostar, desculpe a gafe. hehe
ps2. Se você não entendeu o "se metendo em altas aventuras e muita confusão", clique no linque.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Virada cultural!

Pois então, saiu a programação e está absolutamente sensacional!! Tem para todos os gostos, desde Mpb, como Gal Costa, Gismonti, Jorge Ben entre outros tantos, até para os que curtem black music, com a lenda Afrika Bambaata, passando por bandas indies, clássicos do rock nacional e música erudita!!

Vou virar, e posto depois como foi!

Virada Cultural 2008 - Programação.


A programação da Virada Cultural 2008 já está definida e acontecerá das 18h do dia 26 às 18h do dia 27 deste mês.


PALCO SÃO JOÃO
Local: Av. São João com Rua Aurora
18h - Cesária Évora
21h - Gal Costa
00h - Zé Ramalho
03h - Mutantes
06h - The Gladiators
09h - O Teatro Mágico
12h - Marcelo D2
15h - Orquestra Imperial
18h - Jorge Ben Jor

TEATRO MUNICIPAL
Local: Praça Ramos de Azevedo
18h - Luiz Melodia - Pérola Negra (1973)
21h - Egberto Gismonti e Naná Vasconcelos - A Dança das Cabeças (1977)
00h - Sá, Rodrix e Guarabyra - Passado, Presente, Futuro (1972)
03h - O Som Nosso de Cada Dia - Snegs (1973)
06h - Pepeu Gomes - Geração do Som (1978)
09h - Hamilton de Holanda e Danilo Brito - Vibrações de Jacob do Bandolim (1967)
12h - Márcia, Eduardo Gudin E Paulo César Pinheiro - O Importante É que a Emoção
Sobreviva (1974)
15h - Paulo Vanzolini - Onze Sambas e Uma Capoeira (1967)
18h - Jair Rodrigues, Fabiana Cozza & Zimbo Trio - O Fino da Bossa (1964)

BAILE CHIQUE
Local: Praça Cível Ulysses Guimarães (Parque D. Pedro)
18h - Apresentações de: João Break e L. Zee, Nelson Triunfo, Ninja e Mc Jack, Potencial 3, De Repente, Região Abissal, Detroit Power Moves, Crazy Crew, Street Warriors, Potencial 3, De Repente, Região Abissal, Detroit Power Moves, Crazy Crew, Street Warriors, Frank Bruno (Black Juniors), História Mike e Pepeu, Do Código 13, Tempo DJ Helio Branco, Bom Grupo Funk & Cia, Soul Sisters, Face Negra, Marcelinho e Back Spin Crew, Thaíde, Luna, Eletric Boogie, Matéria Rima, Radicais Do Peso, Produto de Rua, Fábio Rogério, Roney Yo Yo, Doctor MCs, DJ Hum
00h - Banda Black Rio e Convidados
01h30 - Musicaliando
02h - Skowa e A Máfia
03h30 - Tony Hits
04h - Luis Vagner - Guitarreiro (1976)
05h30 - Chic Show
06h - Bebeto
08h - Z'África Brasil
09h - Xis
11h - Rappin' Hood e Sinfonieta
13h - Thaíde
15h - Motirô
17h - Afrika Bambaata e Zulu Nation Brasil

BAILE DO AROUCHE
Local: Largo do Arouche
19h - Nelson Ned
21h - Havana Sax
23h - Roberto Luna
01h - Antonio Carlos e Jocafi - Antonio Carlos e Jocafi (1973)
03h - Maria Alcina - Maria Alcina (1974)
05h - Lafayette e Os Tremendões
07h - Quasímodo e convidado
09h - André Busic - Let's Get Lost de Chet Baker (1959)
11h - The Jordans
13h - Evaldo Gouveia e Altemar Dutra Junior
15h - Miele
17h - Wilson Simoninha - Alegria Alegria vol.2 de Wilson Simonal (1967)

ROCK REPÚBLICA
Local: Praça da República
18h - O Terço
20h - Terreno Baldio
21h30 - Casa De Máquinas
23h30 - Harppia
01h - Paul Di'Anno _ Killers (1981)
03h - Derrick Green, Andreas Kisser e Convidados
04h30 - Overdose
06h - Volcano
07h30 - Vodu
09h - Korzus
10h30 - Bando do Velho Jack
11h45 - Los Goiales All Stars
12h - Cachorro Grande
14h - Arnaldo Antunes
16h - Lobão
18h - Ultraje a Rigor - Nós Vamos Invadir Sua Praia (1981)

PALCO DAS MENINAS
Local: Av. Ipiranga, esquina com Rua Araújo
18h - Mariana Aydar
20h - Tatiana Parra
22h - Marina De La Riva
00h - Andrea Dias
02h - Joana Duah
04h - Clara Moreno
05h45 - Aline Muniz
07h30 - Bia Góes
09h15 - Giana Viscardi
11h - Malu Magalhães
13h - Bruna Caram
15h - Verônica Ferriani
17h - Fernanda Takai

BAILE DE BAMBAS
Local: Av. Rio Branco
19h - Leões De Israel
21h - Sine Calmon e Morrão Fumegante
23h - Ras Bernardo e Walking Lions
01h - Edu Ribeiro
03h - Peixe Elétrico
05h - Falamansa
07h - Oswaldinho do Acordeon
09h - Banda Pífanos de Caruaru
11h - Quinteto Violado
13h - Miriam Miràh, Jica e Turcão - Gracias a la Vida de Tarancón (1976)
15h - Renato Borghetti
17h - Inezita Barroso - Vamos Falar de Brasil (1958)

BOTECO DE BAMBAS - SAMBA DE MESA 24 HORAS
Local: Largo Santa Efi gênia
18h - Samba da Laje, Tuca da Silva, Dona Inah
20h - Velha-Guarda da Vai-Vai, Elizeth, Thobias da Vai Vai, Osvaldinho da Cuica
22h - Nossa Chama, Arlindo Cruz, Zé Carlinhos, Docão
00h - Terreirão, Reinaldo Príncipe do Pagode, Didi, Denden, Maradona
02h - Pagode do Cafofo, Royce do Cavaco, Helder, Adeilton
04h - Pagode da V. Guarani, Almir Guineto, Sombrinha
06h - Paranapanema Sambaqui (Samba de bumbo e rural)
08h - X-9 Ala Musical, Germano Mathias, Poetas da Morada Silvio Modesto
10h - Samba Autêntico, Velha-Guarda Camisa Verde e Branco, Ideval & Zelão
12h - Velha-Guarda Nene V. Matilde, Mydras, Douglinhas (Quesito), Walter Alfaiate
14h - Samba da Vela, Nelson Sargento, Ney Silva
16h - Quinteto em Preto e Branco, Dona Ivone Lara, Murilão

FESTIVAIS INDEPENDENTES
Local: Pátio do Colégio
18h - Vítor Araújo (PE)
18h45 - Mundo Livre S.A. (PE)
19h30 - Macaco Bong (MT)
20h30 - Luísa Mandou um Beijo (RJ)
21h15 - Petro Massa (MG)
22h15 - Estrume'n'tal (MG)
23h - Los Porongas (AC)
23h45 - Sick Sick Sinners (PR)
00h30 - Mechanics (GO)
01h30 - Vanguart (MT)
02h15 - Retrofoguetes (BA)
03h - Trilöbit (PR)
04h - Fóssil (CE)
04h45 - Unidad Imaginária (RJ)
05h - Mestre Kuca (TO)
06h30 - Filo Medusa (AC)
07h15 - Boddah Diciro (TO)
08h15 - Coveiros (RO)
09h - Diego de Moraes (GO)
09h45 - Porcas Borboletas (Mg)
10h30 - Linha Dura e DJ Taba (MT)
11h30 - Costa a Costa (CE)
12h15 - Do Amor (RJ)
13h - Rivotrill (PE)
14h - Bugs (RN)
14h45 - Supergalo (DF)
15h30 - The Sinks (RN)
16h30 - Superguidis (RS)
17h15 - MQN (GO)
18h - Siba e Fuloresta (PE)

PIANO NA PRAÇA
Local: Praça Dom José Gaspar
18h - Arismar Espírito Santo
20h - Paulo Braga
22h - Ricardo Castellanos
00h - Amilson Godoy
02h - Vitor Araújo
04h - Rogério Rochilitz
06h - Daniel Szafran
08h - Eva Gomide
10h - Marcelo Castilha
12h - Benjamim Taubkin
14h - Ari Borger
16h - Marcos Nimrichter
18h - Pedro Henrique Calhao

MERCADO CAIPIRA
Local: Rua da Cantareira (Mercado Municipal)
03h45 - Cláudio Lacerda
05h - Victor Batista
06h15 - João Ormond
07h30 - Suzana Salles
09h15 - Abel e Cain
11h - Tinoco convida e apresenta
11h15 - Cacique e Pajé
12h15 - Jacó e Jacozito
13h15 - Craveiro e Cravinho
14h15 - João Mulato e João Carvalho
15h15 - Pena Branca
16h - Sérgio Reis e Os Vips

CEUS

Água Azul
Endereço: Av. dos Metalúrgicos, 1300 - Cohab / Cidade Tiradentes
Gafieira São Paulo
Beatles 4 Ever

Alvarenga
Endereço: Estrada do Alvarenga, 3752 - Balneário São Francisco / Pedreira
Fátima Guedes
Samba 6

Aricanduva
Endereço: R. Olga Fadel Abarca, s/nº - Vila Aricanduva / Cidade Líder
Freegideira
Sambasonics

Azul da Cor do Mar
Endereço: Av. Ernesto Souza Cruz, Nº: 2171 - Cidade Antônio Estevão de Carvalho
Jorge Mautner
Vitor Trindade

Butantã
Endereço: Av. Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, 1.870 - Jd. Esmeralda / Rio Pequeno
Ana Luiza e Luis Felipe Gama
Paulo Padilha

Campo Limpo
Endereço: Av. Carlos Lacerda, 678 - Pirajussara / Campo Limpo
Tetê Espíndola
Rita Rameh e Luiz Waack

Casa Blanca
Endereço: Rua João Damaceno, s/nº - Vila das Belezas / Jd. São Luiz
Inezita Barroso

Cidade Dutra
Endereço: Av. Interlagos, 7.350 - Interlagos
As Chicas

Inácio Monteiro
Endereço: Rua Barão Barroso do Amazonas, s/nº - COHAB Inácio Monteiro / Cidade
Tiradentes
Almir Guineto

Jaçanã
Endereço: R. Antonio Cezar Neto, s/ No - Jardim Guapira
Léo Maia
Txai Brasil

Jambeiro
Endereço: R. Flores do Jambeiro, s/ No - Jardim Moreno/Lageado
Péricles Cavalcanti

Meninos
Endereço: Rua Barbinos, s/nº - São João Clímaco / Sacomã
Edgard Scandurra

Navegantes
Endereço: Rua Maria Moassab Barbour, s/nº - Pq. Res. Cocaia / Grajaú
Pedro Bento e Zé da Estrada

Parque São Carlos
Endereço: Rua Clarear, 141 - Jd. São Carlos / Vila Jacui
Graça Cunha
Danilo Moraes

Parque Veredas
Endereço: Rua Daniel Muller, 347 -Chácara Dona Olívia / Itaim Paulista
Kenny Brown

Paz
Endereço: Rua da Paz, s/nº - Jd. Vista Alegre / Brasilândia
Jota Velloso
Farufyno

Pêra Marmelo
Endereço: Rua Pêra Marmelo, 226 - Jd. Santa Lucrecia / Jaraguá
Yamandu Costa - A Vontade de Baden Powell (1963)

Perus
Endereço: R. Bernardo José de Lorena, s/nº - V. Malvina / Perus
Reinaldo Príncipe do Pagode

Rosa da China
Endereço: Rua Clara Petrela, s/nº - Jd. São Roberto / Sapopemba
Tribo de Jah

São Mateus
Endereço: Rua Curumatim, 201 - Pq. Boa Esperança / Iguatemi
Jards Macalé
Clerouac

São Rafael
Endereço: Rua Cinira Polônio, 100 - Jd. Rio Claro
B. Negão

Três Lagos
Endereço: Estrada do Barro Branco, s/nº - Barro Branco / Grajaú
Mundo Livre S/A

Vila Atlântica
Endereço: Rua Coronel José Venâncio Dias, 840 - Jaraguá / São Domingos
Língua de Trapo - Brincando com o Fogo (1992)
Banda de Pífanos de Caruaru

Vila Curuçá
Endereço: Av. Marechal Tito, 3.400 -V. Curuçá
Siba e Fuloresta

Vila Rubi
Endereço: R. Domingos Tarroso, 101 - Grajaú
Wagner Tiso

quarta-feira, 26 de março de 2008

Homenagem rápida

Alguém aqui já conheceu um ídolo, mas um ídolo anônimo? Não desses artistas da tevê, “artistas” do Big Brother, cantores, nada disso. Só alguém que você admira muito, pelo motivo que seja. Pode ser porque ele escreve bem, pelas idéias, pelas fotos que tira, qualquer coisa. Mas não vale ser, sei lá, o Chico Buarque, e sim um anônimo desses que se encontra na rua, na faculdade, etc.

Pois é, meus caros-não-leitores, eu encontrei hoje! Sim! O blogueiro do melhor site de basquete! Talvez não seja o melhor, mas pelo menos o mais bem humorado. E sabe, é estranho encontrar esse tipo de ídolo, porque você só o conhece pelas frases, parágrafos e posts, nem uma foto, nem nada! Tudo bem que eu não ficava imaginando “nossa será que ele é isso, será que ele é aquilo”, mas de qualquer jeito, uma pessoa se materializar da “blogosfera” para a realidade é algo meio surreal.

Sim, são um monte de letras tortas, mas é uma homenagem! Ao primeiro cara que escreve por ai, que eu conheci e mais joguei basquete com ele!

sábado, 8 de março de 2008

Maioridade! \o/

Poisé! São 18 anos de vida!! Agora posso tudo (Quem vê pensa...)! Desde ir ao motel, passando por Sex Shop, comprar bebidas e cigarros legalmente e, o pior, posso ser preso! São tantas portas se abrindo e tantas cobranças quanto a comportamento, modo de ver o mundo, maturidade e, claro, o bom e velho juízo! Que ainda estou a procura. Não sei que porra é essa! O que é juízo?

Se juízo for ser como a sociedade quer que você seja... ou seja, com o padrão da sociedade, com os mesmos gostos, as mesmas roupas, a mesma opinião e sem ter vícios ou sair do padrão, prefiro nunca achar esse tal de juízo! Se for amadurecer... Também, não posso fazer nada... Maturidade não vem do nada, e sim com o tempo, logo, não se deveria falar para alguém juízo... porque, se for na 1ª definição, você será mais um nos moldes sociais, se for na 2ª, você não opção... o juízo deve vir naturalmente, sem essa pressão, e sim com o aprendizado do dia-a-dia.

Mas, bom, são 18 anos de vida! Bem aproveitados, porém não existe nenhuma mudança clara! Como bem disse no parágrafo acima, as mudanças não vêm com a chegada da data de nascimento e sim com o tempo, experiência e tudo mais!

Ah, Feliz dia das mulheres, hoje já é dia 8 de março! E meu aniversário é no dia 7, portanto, estou meio atrasado!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Brainstorm, salada mista, bagunça geral, balanço


É, esse mês o blog tem 1 (hum) post só, e olha que já estamos no dia 19 de Fevereiro, não, não sei o que acontece... Só sei que tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Algumas decepções: Não poder ir ao show do Dylan, pelo alto preço; perceber que o Ensino médio acabou realmente; descobrir que nem sempre as coisas acontecem no tempo ou na hora certa e muito mais.

Algumas dúvidas: O que será do meu futuro? [tá, essa minha dúvida é constante...]; será que eu sirvo pra historiador? Essa é a minha carreira?

Alegrias, bastantes, até: Perceber que o ano passado pode ter sido sofrido, mas valeu a pena; perceber o quanto seus amigos são importantes, o quanto vocês se gostam, o quanto cada um representa pra ti; ficar ligeiramente quieto, por um tempo, sem reclamar que não faz nada; ficar satisfeito [sim, sou muito insatisfeito] por um tempo pelo menos; mais...

Descobrir que o mundo não é só de rosas, nem só espinhos; perceber que tudo tem seu lado ruim, mesmo aquilo que parece ser apenas prejudicial te ajuda de alguma forma, nem que seja para ver que se pode superar obstáculos.

Descobrir que o mundo é realmente maior que você e seu umbigo e tem um monte de gente por aí, fazendo sei lá o que, e ir conferir qualé que é!

Ver que as artes são sensacionais! Uma coisa sublime, sobre humano, quase.

Perceber como é bom estar fazer coisas que você gosta, com quem você gosta, em um lugar bacana é bom... óbvio, né?

Tomar banho de chuva é bacana!

Comida mexicana é definitivamente do caralho! Comida é do caralho! Desdo básico arroz, feijão, farinha e pimenta até Sushi e sashimi, passando pelo Mediterrâneo, rio Reno e o caralho a quatro.

Varar a madrugada falando besteira, pensando, lendo ou sei lá o que é legal! Sim, sou meio notívago, mas gosto de Sol, céu azul e tudo mais. A solução seria ficar sem dormir, então, porém adoro durmir, ai fica foda!

E fazer posts enormes, sem sentido é legal, muito legal! Brainstorm Rulez!

Chega, isso aqui tá mó salada mista! E o Auditório do Ibirapuera é sensacional! E o Vanguart ao vivo é muito bom! E que o Mondo Indie é um ovo, de codorna ainda por cima, num show com algumas pessoas, tinham pelo menos representantes de 4 bandas indies diferentes, jornalistas, hyperos em geral. E mandaram eu aumentar o tamanho da letra, porque tá foda ler. Ah, consegui aumentar, sou um Gênio!! Tá ai, Nayra, aumentado, espero que esteja bom, só tem mais um tamanho! XG! Ai fica feio, né, já pensou ter que comprar letras maiores em loja de letras grandes? Fica feio pro cara que defeca por aqui!!
[;)]
É não sei usar emoticons! Não sou tão gênio assim, vá lá!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dá certo no final...

Como já disse Fernando Sabino, "tudo dá certo no final. Se não deu, é porque ainda não chegou ao fim"

Meio auto-ajuda, mas sei lá, acredito nisso. Talvez eu seja muito crédulo nas coisas, talvez eu esteja assim por ter dado certo no meu final. Afinal, consegui o meu objetivo de 2007 que era entrar na USP.

Atualizando.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Desculpas, meu amor.

Te amo, minha querida! Desculpe pelo atraso nas congratulações, estava longe de ti no dia do seu aniversário. Erro imperdoável, onde já se viu passar um dia tão importante sem te ver? Como pude? Sou um filho da puta. Um completo filho da puta. E, não mereço todo seu amor, sorte a minha que é compreensiva, acolhedora, sempre de braços abertos a todos. É, eu sei que você tem vários, mas não tenho ciúmes, relaxa. Sou desapegado, não me importa quantos sejam. O que importa é a minha fidelidade por ti, amor.

Sei que é um pouco problemática:
-é caótica, mas que graça tem a paz e a serenidade completa?;
-é misteriosa, mas como poderia viver sem descobrir algo novo de ti todo dia?;
-é barulhenta, mas o silêncio total também é perturbador;
-é sujinha, ta... isso não é bom, mas eu aceito, cego de amor, né...

Mas olha só, quantas qualidades você tem:
-é culta, e como... não conheço nenhuma outra como você;
-é intensa, sempre tem energia não importa a hora;
-é grandiosa, muito grandiosa;
-é acolhedora;
-é plural, mistura de todas as raças do mundo, bendito sejam seus parentes.

Te amo, meu amor, te amo!

Viva São Paulo e seus 454 anos, amor eterno e que o eterno nunca acabe. Que viva mais 454 e continue toda problemática, toda grande, toda acolhedora, toda São Paulo. Cidade de todos, que aceita japoneses, negros, índios, portugueses, nigerianos, ...

sábado, 19 de janeiro de 2008

Vanguart no CCSP

Sábado, dia 19 de janeiro, teve show do Vanguart no CCSP (Centro Cultural São Paulo), na região central de São Paulo. A banda é uma das mais aclamadas entre os indies, com seu Folk-Rock, letras boas em inglês, português e até espanhol. Além de tudo isso ainda tem o exotismo de ser de Cuiabá e recém-mudada para a metrópole paulista. Anda tão em alta que chegou a ser comparada por alguns com à Legião Urbana. Formada por Helio Flanders (voz e violão), David Dafre (guitarra e voz), Reginaldo Lincoln (baixo e voz), Luiz Lazarotto (teclados) e Douglas Godoy (bateria).

A platéia no CCSP estava relativamente vazia, talvez pelo horário, cedo para os padrões de show, às 19 horas e 30, sendo que tinham desde indies-com-adidas-e-all-stars a crianças de colo com camisetas do Godfather. Tocaram a maior parte do repertório do cd novo, lançado pela Revista Outracoisa.

Com guitarras bem tocadas, uma cozinha sincronizada, um teclado que vai de climas quase dançantes a melancólicos e o cantor-compositor-guitarrista-gaitista Hélio Flanders passando desde o quase-punk do cover de Dylan, em "Outlaw Blues" a baladas como “Enquanto isso na lanchonete”. Além de Dylan, também tocaram “Femme Fatale” do Velvet Underground.

Além das influências anteriores percebe-se claramente a influência de bandas como Beach Boys, principalmente, pelas harmonias vocais. O uso do slide guitar é constante, sendo utilizada em pelo menos 6 músicas, de forma muito bem colocada por Dafre, lembrando por vezes, velhas frases de blues. Diversas vezes, usam a dobra da melodia entre guitarra ou piano e a voz de Flanders. Há momentos em que a banda levantou a platéia em músicas como Cachaça, Semáforo e Hey Yo Silver, apesar de suas músicas em inglês não serem muito conhecidas pelo público, tendo inclusive uma (The Last Time I Saw You) sendo tocada apenas pelo vocalista com um violão e uma gaita, no momento Dylan da noite. Tocam, também, um b-side do single de Hey Yo Silver, a delicada The Cowboy Has The Money. O show ocorreu quase sem problemas, a não ser quando o som da bateria estava alto demais, cobrindo os outros instrumentos, porém esse problema se deve a acústica do local. Pode-se dizer que a banda é competente e seu vocalista é carismático e engraçado, chegando a fazer piadas e comentários que levaram a platéia a risadas simpáticas.

O alcance pop da banda é grande, suas letras com refrões e suas baladas, apesar de não terem mensagens tão fáceis de se captar, pelas composições de Hélio. Entretanto o Vanguart poderia tocar pelas novelas, rádios e não se olharia torto para eles, a maioria das músicas é acessível. Apesar das mudanças constantes de climas entre as partes das canções. Ouça a banda aqui ou aqui.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BBB

Sou desses que não acompanha o tal do Big Brother Brasil e quando chega o período dessa merda, é foda! Todo mundo fala sobre o assunto e você lá, boiando não sabe quem é a tal da fulana que é falsa, nem o ciclano que declarou ser gay e muito menos quem ta no paredão. Geralmente, quem não acompanha, bóia, não importa o local que seja, sempre terá alguém falando, observação SEMPRE!
Juro que não entendo tal fascinação, oras, tem gente que diz:
-que assiste pelo simples prazer de ser voyeur (para quem não sabe, quem gosta de olhar ou algo próximo disso). Se for pra ser Voyeur, prefiro ver o vizinho ali do prédio.
-que assiste pelas gostosas. Se for pra ver gostosa, abro o Dedada Digital, o Red Tube ou qualquer um desses genéricos, vejo mulher muito melhor, fazendo coisas muito mais obscenas.
-que assiste pela teatralidade. Se for pra ver teatro, vou ver uma peça, porra! Tem atores melhores, enredo melhor e o texto é mais bem escrito.
-que assiste pelo comportamento psicológico do ser humano. Se for para ver o comportamento psicológico e social prefiro me ver no espelho, já é o suficiente.
Agora não me venha dizer que assiste porque aquilo é real, porque isso não é mesmo! Se for pra ver a Globo manipulando, prefiro não ver! Ficar por fora das conversas, um completo Etê com meus próprios amigos, sentados no bar mais próximo. E não me venha falar que sou Anti-Globo, que isso não sou mesmo. Apenas acho que ela contribui para uns desfavores ao Brasil.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Esporte, superação, ...

Eu tinha outros planos para esse post, mas... não posso deixar de mostrar isso, mesmo que eu não tenha leitores, quero ter a certeza que pelo menos eu terei esse texto guardado, retirado do Rebote, mais especificamente desse texto aqui, é emocionante pra caralho, vou deixar a tradução na íntegra e o vídeo do discurso, porque se tem uma coisa que me emociona é o esporte e o que ele traz pros homens e a superação, esse homem junta tudo isso.


Tradução: Gustavo de Oliveira

Muito obrigado. Obrigado.

Essa foi a visão mais baixa que já tive de Dick Vitale desde que o dono do Detroit Pistons me ligou e pediu para ele se tornar comentarista.

Obrigado.

Eu não posso expressar a honra que eu sinto por ter recebido o prêmio Arthur Ashe.

Esse com certeza será um tesouro que vou guardar para sempre.

Mas como eu dizia no tape... e olha não tenho um desses teleprompters, então eu vou falar por mais tempo do que todos os outros falaram hoje a noite. É isso ai.

O tempo é uma coisa muito preciosa pra mim, eu não sei quanto tempo ainda me resta,
Mas eu tenho várias coisas pra dizer e espero que, no fim, eu tenha alguma coisa que vai ser importante pra muita gente também.

Mas não tenho o que fazer, hoje eu luto contra o câncer. Todo mundo sabe disso.

As pessoas me perguntam o tempo todo como eu lido com a minha vida, como eu vivo meu dia-a-dia, e nada mudou pra mim.

Como o Dick falou, eu sou um cara muito emotivo, muito entusiasmado e não tenho o que fazer porque assim é o filho de Rocco e Angelina Valvano.

A gente se abraça, se beija, se ama.

E as pessoas me perguntam como eu vivo cada dia. Pra mim existem três coisas que a gente deve fazer todos os dias. Se a gente fizesse isso todos os dias das nossas vidas, que bom seria.

Em primeiro lugar: rir. Você deve rir todos os dias. Número dois é pensar. Você deve pensar todos os dias. E número três é deixar suas emoções se converterem em lágrimas seja de tristeza ou felicidade.

Pense nisso: se você rir, pensar e chorar, será um dia completo. Um dia maravilhoso. Se você fizer isso sete dias por semana, você vai viver algo especial.

Eu desenvolvi um plano junto com o meu amigo Mike Krzyzewski, aqui presente, meu grande amigo e técnico maravilhoso. As pessoas não sabem que ele é uma pessoa dez vezes melhor do que técnico e todo mundo sabe que ele é um grande técnico, ele significou muito pra mim nesses últimos cinco, seis meses.

Mas quando eu olho para o Mike, lembro que a gente competiu um contra o outro, como jogadores, e eu fui técnico contra ele por 15 anos.

O que eu acho importante pra mim é saber onde você começa, onde você está e onde estará. Essas são as três coisas que eu tento fazer todos os dias.

E toda vez que eu vou fazer um discurso eu não deixo de recordar o primeiro discurso que eu dei. Eu era técnico dos calouros da Universidade de Rutgers, era meu primeiro emprego.

Maravilha. Eu estava tão entusiasmado no meu primeiro emprego que vocês devem saber como é seu primeiro emprego como técnico, você quer estar lá no vestiário pra fazer o discurso da preleção.

O vestiário é um lugar especial para um técnico fazer um discurso. Então, meu ídolo como técnico era Vince Lombardi e eu li o livro dele “Comprometimento com a excelência”.

No livro, Lombardi fala sobre o primeiro discurso que ele teve que fazer frente ao Green Bay Packers, e eu li, e o Lombardi pensava “Será que eu falo muito? Será que eu falo pouco? Mas vou ter que mexer com eles, vou ser curto”.

Aí ele fez assim: geralmente ele chegava ao vestiário 25, 30 minutos antes dos jogadores, não sei ao certo, antes de entrar em campo pra fazer aquele discurso que todos nós fazemos.

Discurso #84, você fala e todo mundo se sente preparado. Seria o primeiro discurso da minha vida, e eu li o que o Lombardi fez.

Lombardi não entrou no vestiário, ele esperou. O time se perguntando “Cadê o cara? Onde é que está esse grande técnico?” Ele esperou. Dez minutos antes do jogo, ele ainda não está lá...

Três minutos antes do jogo, Lombardi vai lá abre a porta com brutalidade, e eu imagino que vocês se lembrem da grande presença que ele tinha.

Ele entrou e começou a andar assim, pra um lado e pro outro, olhando os jogadores.

Ele disse “Todos olhando para mim”, e eu estava lendo isso no livro e ao mesmo tempo imaginando essa grande cena.

Ele disse “Cavalheiros, nós seremos um sucesso este ano. Vocês vão focar em três coisas e três coisas apenas: sua família, sua religião e o GREEN BAY PACKERS!”

E aí foi aquela agitação, os jogadores batendo nas paredes, e o resto é história. Eu pensei comigo: “Isso é lindo, sua família, sua religião e o basquete de Rutgers... é isso, já tenho o discurso”

Vejam só: eu tinha 21 anos, as crianças das quais eu era técnico tinham 19, ok? E eu vou ser o maior técnico do mundo, o próximo Lombardi...

Pessoal me falando, você tem que entrar, e eu “ainda não”, e eu praticava fora do vestiário: “família, religião, basquetebol de Rutgers... todos olhando para mim... ok ok vai dar certo”.

Aí me deram o toque de três minutos, isso aconteceu mesmo, eu vou arrebentar a porta... BOOM! Ai, que dor. Eu quase quebrei meu braço porque não abriu. E os jogadores estão me olhando “alguém ajuda o professor”.

Aí eu fiz igual o Lombardi, eu andei pros lados, e eu andava assim por causa do braço, até que eu falei “Cavalheiros, todos olhando para mim”. Eles loucos pra jogar, porque só tinham 19! Vamos nessa!

Eu disse “Cavalheiros, nós seremos um sucesso esse ano se vocês puderem focar em três coisas e três coisas apenas: sua família! Sua religião! E O GREEN BAY PACKERS!” eu falei... eu fiz isso, eu lembro...

Eu me lembro de tudo, é muito importante lembrar onde você está e pensar onde você quer chegar.

Eu penso que você tem que ter um entusiasmo pela vida, você tem que ter um sonho, um objetivo, alguma coisa que você se empenhe.

Eu falo da minha família, porque pra mim a família é muito importante. Eu encontro coragem na minha esposa Pam, minhas três filhas, Nicole, Jamie e Lee, na minha mãe que está aqui também.

E aquela telinha ali está piscando a cada três segundos agora e está me deixando preocupado. Eu tenho tumores por todo o meu corpo e eu estou preocupado com um cara piscando ali pra mim que eu só tenho 30 segundos.

Eu só tenho mais uma coisa que eu desejo a todos vocês, todos vocês: aproveitem suas vidas, seus momentos, passem os dias com risadas, pensamentos, deixem as emoções fluir.

Tenham entusiasmo todos os dias porque sem entusiasmo você não consegue nada, mantenha seus sonhos vivos, apesar de seus problemas, quaisquer sejam. Você vai ter que dar duro para que seus sonhos se realizem.

Eu me vejo agora e eu sei o que eu quero fazer. O que eu quero é aproveitar o tempo que me resta e dar um pouco mais de esperança para os outros.

Fundações são coisas maravilhosas. Eu sei que pra Aids, existem fundações por aí, pode não ser suficiente, mas significa muito. Mas e se eu disser que eles têm 10 vezes mais dinheiro do que o destinado para a pesquisa do câncer, e que pelo menos 500 mil pessoas vão morrer de câncer esse ano, e de cada quatro pessoas uma terá essa doença.

Por alguma razão a questão foi colocada um pouco de lado, mas eu quero trazer de volta à pauta. Nós precisamos de sua ajuda, eu preciso de sua ajuda, nós precisamos de dinheiro para a pesquisa.

Isso não vai salvar a minha vida, mas pode ser que salve a vida das minhas filhas, pode ser que salve a vida de alguém que você ame e isso é muito importante.

A ESPN foi muito gentil de me dar apoio no meu empenho e me permitiu que eu anunciasse esta noite o apoio deles, o dinheiro, os dólares deles que serão usados pra criar a Fundação Jimmy V de pesquisa do câncer.

Ainda não terminei. Nunca desistam, nunca desistam mesmo. É isso que eu vou fazer em cada minuto que me resta, eu vou agradecer a Deus pelo meu dia, pelos momentos que eu tive, e se você me vir, sorria, quem sabe você me abrace porque isso é importante pra mim também.

Mas se você puder, tente dar apoio a fundações de Aids ou câncer para, quem sabe, alguém sobreviver, prosperar e quem sabe se curar dessas terríveis doenças.

Eu não poderia agradecer à ESPN o suficiente para que isso tudo acontecesse, eu vou trabalhar o máximo que eu puder pela pesquisa do câncer para, quem sabe, um dia surgir essa cura.

Eu vou lutar contra o meu cérebro para que eu possa estar aqui ano que vem, porque eu pretendo entregar o prêmio Arthur Ashe ano que vem.

Eu sei que eu tenho que ir, mas eu tenho uma coisa pra dizer que eu já disse antes, mas eu quero dizer de novo.

O câncer pode tirar de mim todas as minhas habilidades físicas. Mas ele não pode tocar o meu coração, a minha mente e a minha alma. Essas três coisas eu vou carregar para sempre.

Eu agradeço a presença de vocês. Deus os abençoe.

= = =

Jimmy Valvano morreu um mês depois deste discurso.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Super Trunfo de Blogs

Teve uma polêmica ai na internet rolando o site Treta criou um Super Trunfo, jogo velho dos anos 80 apesar de ainda existir. É o paraíso! A seleção de 100 blogs brasileiros eleitos pela equipe do site e os que eu já li ou acompanho são realmente ótimos. Fica ai Super Trunfo Blogs, a sugestão de acesso.

Além duma outra campanha-manifesto contra a Usura de Links.

Feito o post.


Fim da Fudest!